A 27ª Feira das Tradições e Atividades Económicas (FTAE) do concelho de Pinhel regressou no passado fim de semana. Durante três dias foram milhares de pessoas que passaram pelo Centro Logístico naquele que já é considerado o maior certame de Inverno da Beira Interior.
Com o tema “O Melhor de Pinhel”, «regressámos com aquilo que as pessoas acham que podem contribuir, com o que têm e com o melhor que cada uma das nossas freguesias tem», considerou o autarca pinhelense. Para Rui Ventura, «a região está a precisar de movimento, do ponto de vista turístico. A Feira das Tradições quase que esgota tudo que é alojamento à volta de Pinhel, o objetivo é mesmo esse, gerar economia, dar visibilidade à região e é o que pretendemos fazer». Num balanço feito a O INTERIOR, o edil afirmou que esta edição, após um ano de interrupção, «superou as expectativas e já eram muitas tendo em conta o tempo que vivemos de pandemia. Portanto, estamos satisfeitos com aquilo que foi a promoção de Pinhel e a quantidade de pessoas que vieram à nossa cidade e ficaram na região».
Rui Ventura admitiu ainda que o certame estava preparado para «condições muito mais apertadas» do que as restrições que estavam em vigor e, por isso, o evento deste ano destacou-se pelo espaço alargado «que permitiu às famílias permanecerem em segurança no recinto». Ao contrário dos anos anteriores, a Câmara de Pinhel, que organiza, decidiu não divulgar números relativamente aos visitantes porque, «mais importante que os números, é a proporção e quem esteve na feira sabe que foi seguramente a feira que meteu mais gente até agora, até porque ampliamos o espaço e estava completamente cheio», sublinhou o edil pinhelense. E o “feedback” dos expositores «é positivo, uns fizeram mais negócio que outros, mas, de forma geral, correu bem», acrescentou o autarca.
Ema Gonçalves, do stand “Chocolate à Martelada”, é já uma “habitué” na Feira das Tradições, onde regressa «essencialmente» pela organização. Vinda de Estremoz, a empresária considera que os quilómetros que faz acabam por compensar, «seja a nível financeiro ou de interação com o público. Para mim, é das feiras mais bem organizadas do país», garantiu. Já João Serôdio, da “Saboaria do Bairro”, veio de Torres Novas pela primeira vez e justificou a decisão por «Pinhel ser uma referência no mundo das feiras em Portugal». O artesão ficou «bastante impressionado, porque isto tem uma grandeza que não é normal ver em feiras de distritos e concelhos muito mais desenvolvidos que Pinhel».
As muitas associações do concelho também estiveram presentes, como foi o caso da Associação MCDR – Santa Eufêmia, cuja presidente Regina Paula considerou que este tipo de iniciativas é importante para divulgar o trabalho da instituição que se dedica ao apoio domiciliário. «Somos pouco conhecidas, por sermos mais pequeninas, e nestes eventos podemos dar-nos a conhecer e aos nossos serviços», declarou a dirigente. Este ano o município apostou forte no cartaz musical para atrair mais visitantes, o que Rui Ventura considerou normal: «O melhor que há nós trazemos à Feira das Tradições. Já começamos a ter dificuldades em escolher. O que quero dizer com isto é que vamos continuar a apostar num bom cartaz, mas não deixamos de ter a “prata da casa” todos os dias», afirmou o autarca.
Carina Fernandes