Região

Quem era Fábio Guerra, o polícia covilhanense que faleceu após agressão em Lisboa

Escrito por Efigénia Marques

Jovem de 26 anos não resistiu às graves lesões que sofreu e faleceu na segunda-feira

Fábio Guerra, natural da Covilhã, foi brutalmente espancado à porta de uma discoteca em Lisboa na madrugada da passada sexta-feira, tendo acabado por falecer esta segunda-feira, vítima das graves lesões sofridas.
O covilhanense tinha 26 anos e era polícia na 64ª esquadra de Alfragide (Amadora), onde os colegas de profissão o assumiam como um «polícia dedicado». Fábio era o mais velho de duas irmãs, uma delas com quatro anos, foi atleta de basquetebol do Clube Desportivo da Covilhã e também árbitro na Associação de Basquetebol de Castelo Branco. Antes de entrar na polícia, Fábio Guerra fez serviço no Exército, tendo saído como furriel para integrar a formação de agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP).
Depois da notícia do falecimento do agente, multiplicaram-se as notas de pesar. Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, destacou a «abnegação, coragem e dedicação ao serviço do próximo e da segurança pública», numa nota publicada no site da Presidência. Também a Câmara Municipal da Covilhã «lamentou profundamente» o falecimento de Fábio Micael Serra Guerra, que, «apesar de se encontrar fora de serviço, não hesitou em intervir, honrando, até às últimas consequências, a sua condição policial e o seu juramento de “dar a vida, se preciso for”, exemplo e motivo de orgulho para o município, os seus colegas e todos os que lhe eram próximos».
Também a Direção Nacional da PSP, em comunicado, referiu que «o agente Fábio Guerra honrou, até às últimas consequências, a sua condição policial e o seu juramento de dar vida, se preciso for, num gesto extremo de generosidade e sentido de missão. Disso, nunca nos esqueceremos». Três dos dez agressores já foram detidos pela Polícia Judiciária e, neste momento, está em curso uma investigação para identificar os restantes suspeitos. Dois deles pertencem aos fuzileiros, corpo de elite da Marinha Portuguesa, tendo sido detidos pela Judiciária na base do Alfeite (Almada), onde estavam retidos desde domingo por ordem superior. À hora do fecho desta edição ainda não era conhecida a hora do funeral de Fábio Guerra.

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Efigénia Marques

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