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Quatro mil visitantes no Solar de São João – Casa Memória em quase 20 anos

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Escrito por Sofia Pereira

No Solar de São João, em Almeida, viveu, há mais de 200 anos, uma família militar. Transformado em Casa Memória, o edifício está aberto ao público há quase vinte anos para dar a conhecer as «vivências e os costumes da época», no século XIX, aquando das Invasões Francesas.
«Já recebemos perto de 4 mil pessoas», adianta Augusto Moutinho Borges, acrescentando que as visitas são «sempre acompanhadas e explicadas». O historiador foi um dos mentores desta Casa Memória, uma vez que o «Solar de São João é a casa maior que se encontra ainda edificada no centro histórico de Almeida. Foi mandada construir em 1726 e pertenceu sempre à mesma família até ao início do século XX. A partir daí passou por diversas mãos até ser adquirido por dois médicos dentistas, o doutor Carlos Miguel e o doutor José Cavaleiro», que ajudaram a criar este espaço e espólio, com um «programa expositivo interpretativo» que dá a conhecer um património «único no território».
Moutinho Borges refere que no distrito da Guarda não há outra casa para visitar «com estas características, que mostra as vivências das famílias de elite, com encantos e recantos, histórias e pormenores que normalmente não se encontram noutros espaços edificados». O próximo desafio é dar a conhecer este espaço e património, «que vai do século XVII ao século XX», aos alunos das escolas da região e até do país. «Nesta casa é possível contextualizar peças que, por vezes, em museus ficam descontextualizadas», considera o historiador, que gostaria de receber a visita de estudantes do «primeiro até ao terceiro ciclo» porque é preciso «que as escolas nos visitem para que os jovens sintam a essência de uma Casa Memória como o Solar de São João».

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Sofia Pereira

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