A concelhia do PS de Seia diz que é um «esquecimento inaceitável» os itinerários complementares (IC) da Serra da Estrela 37 (Seia-Nelas-Viseu) e 12 (Canas de Senhorim-Mangualde) não terem sido incluídos no Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030.
A secção socialista local, liderada pelo também autarca Carlos Filipe Camelo, lamenta a situação e considera que a «ausência de uma referência mais ampla aos itinerários da Serra da Estrela, vitais para a afirmação de toda uma região, não pode ser justificada com o acesso à zona industrial de Oliveira do Hospital, ignorando-se os demais agentes do tecido económico de toda uma vasta região». Os socialistas acrescentam que a inclusão do IC6 até ao nó de Folhadosa, já concelho de Seia, é um «sinal importante», mas que «perde a eficácia se não for acompanhado dos restantes investimentos rodoviários há muito previstos na Rede Rodoviária da Serra da Estrela (IC6, 7 e 37), cujos projetos estão concluídos, os traçados definidos, milhões de euros gastos em estudos e a existência de um amplo consenso entre os autarcas sobre a sua priorização (gradual e faseada)».
Em comunicado, o PS senense sublinha que estas estradas são «decisivas para melhorar a atratividade, captar mais investimento e aumentar a competitividade do tecido económico de uma região desprovida de ligações aos principais eixos rodoviários do país». E acrescenta: «O Governo, que tem feito um discurso a favor do interior, não pode, sob pena de se descredibilizar completamente, ignorar, mais uma vez, a região da Serra da Estrela, onde os níveis de desertificação são alarmantes». Por isso, os socialistas de Seia apelam ao primeiro-ministro para «que ponha termo a este lamentável esquecimento».