Região

Observatório coloca reservas à rentabilidade de aeronaves retiradas de Seia

Escrito por Jornal O Interior

O observatório técnico independente criado pelo Parlamento para acompanhar os incêndios coloca reservas quanto à rentabilidade dos meios aéreos pesados retirados de Seia (Guarda) e colocados em Castelo Branco.
Numa análise sobre os meios que este ano integram o Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Rurais (DECIR), divulgada na sexta-feira, aquela entidade instituída em 2018 começa por recordar que as ocorrências se registam «generalizadamente» a norte do rio Tejo, com particular incidência nos distritos localizados a norte do país, para referir que a relocalização dos dois Canadair de Seia para Castelo Branco, a uma distância em linha reta de 71 quilómetros, «irá diminuir significativamente o tempo de autonomia no teatro de operações destes de meios, sempre que forem mobilizados para norte de Seia». O observatório acrescenta que estes aviões são «únicos no dispositivo, escassos no mercado, dispendiosos» e cuja rentabilidade deverá ser sempre maximizada. «Assim, a não ser possível a sua manutenção em Seia, e atendendo ao histórico da mobilização dos meios aéreos pesados em anos anteriores, o observatório considera que a relocalização destes meios aéreos deverá ter como referência outro Centro de Meios Aéreos (CMA) a norte de Seia, garantindo uma melhor centralidade às áreas de maior risco de forma a garantir a sua máxima rentabilidade», sugere, reconhecendo as condições de excelência do CMA de Castelo Branco.
No início deste mês a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) invocou «razões de segurança» na pista do CMA de Seia para relocalizar aqueles dois meios aéreos pesados para o aeródromo de Castelo Branco. A mudança resultou de várias situações reportadas pelo operador das aeronaves, entre eles o abatimento da pista e o mau estado da vedação, que se refletem na segurança de voo e trabalho diário dos operadores.

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