Belmonte, Covilhã e Fundão, três municípios da Cova da Beira, já contestaram a instalação na Guarda do subcomando regional de Proteção Civil da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE).
Esta é uma medida que faz parte da reforma da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e que prevê que as autarquias passem a estar agregadas pelo território das comunidades intermunicipais e não por distritos, como acontece até agora.
O assunto foi discutido na última reunião do Conselho Intermunicipal, onde Vítor Pereira, presidente da Câmara da Covilhã, deixou clara a sua oposição, que partilhou na última sessão pública do executivo covilhanense. «Não temos nada contra os senhores comandantes, nem contra os nossos soldados da paz daquela zona [Guarda], nem dos operacionais da proteção civil daquele distrito, mas a verdade é que não faz qualquer sentido que a partir de agora venham os profissionais de longe e não os nossos vizinhos», criticou o edil socialista.
O autarca acrescentou que, «em caso de absoluta necessidade, em caso de aflição, são aqueles que trabalham connosco e conhecem o nosso território que melhor nos poderão ajudar em situações de emergência e tendo em vista a proteção de pessoas e bens». Na mesma sessão de Câmara foi novamente abordada a intenção do município sair da CIMBSE, com Vítor Pereira a reiterar que o assunto merece «um debate mais amplo e fora do período eleitoral». «Obviamente que os meus colegas do Norte da atual CIMBSE sabem que a saída da Covilhã é complicada é para eles, não é boa. E a nossa visão, que é abrangente e fazendo pontes com todos, é inserir-nos no território com qual temos maiores afinidades. Obviamente que a entrada e saída, agregações ou desagregações nunca são simples nem fáceis e é até preciso alterar a lei. Mas se for preciso altera-se, não há aqui nenhum drama», sublinhou o socialista.