Região

Ministra da Coesão diz que abolição das portagens está «cada vez mais longe»

Escrito por Carina Fernandes

A abolição das portagens nas antigas Scut «está cada vez mais longe de ser uma possibilidade», disse esta terça-feira a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, na Covilhã.

À margem da conferência “Desafios da mobilidade em territórios de baixa densidade”, a governante sublinhou que a prioridade deve ser o incentivo à utilização de transportes coletivos e elétricos e não rejeitou que o valor nas antigas Scut não possa novamente ser reduzido, mas não prometeu. «Vamos avaliando. Agora, não temos condições políticas, nem geopolíticas, nem de outro nível para continuar a reduzir muito as portagens. Isso tem de ficar bem claro», vincou Ana Abrunhosa.

Segundo a governante, a diminuição anunciada em 28 de setembro dos custos de circulação na A22, na A23, na A24, na A25, na A4, na A13 e na A13-1 foi uma exceção «porque verdadeiramente não temos transportes coletivos em quantidade e em qualidade, mas devemos investir então para que haja esse transporte coletivo e incentivar as famílias a utilizar esse transporte coletivo e a deixar o transporte individual», argumentou a governante.

De acordo com Ana Abrunhosa «a própria Comissão Europeia questiona» Portugal porque é que está «a fomentar o uso do veículo individual, ao reduzir as portagens». «Eu acho que hoje esta não deve ser a medida prioritária de qualquer Governo, reduzir as portagens. A nossa margem política para o fazer está cada vez mais reduzida», relembrando que o valor foi reduzido nos territórios do interior para permitir às pessoas «chegar com menos custos ao hospital, ao seu local de trabalho, ao centro de saúde, a um evento cultural».

O Governo anunciou em 28 de setembro que os veículos de classe 1 vão beneficiar de uma redução de 30% nas portagens na A22 (Via do Infante/Algarve), A23 (Beira Interior), A24 (Interior Norte), A25 (Beiras Litoral e Alta), A4 (Túnel do Marão), A13 e A13-1 (Pinhal Interior).

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Carina Fernandes

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