Esta quarta-feira, milhares de elementos da PSP e GNR de todo o país, participaram numa manifestação que começou às 17h30 e decorreu entre o Largo do Carmo e a Assembleia da República, em Lisboa. Pediam «condições salariais» e exigem um «suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária». Foram cerca de 15 mil pessoas que marcharam (de forma ordeira e quase silenciosa) pelas ruas da capital até à Assembleia da República onde cantaram três vezes o hino nacional e, juntos, gritaram «Polícia unida jamais será vencida».
A manifestação desta quarta-feira foi organizada pela plataforma de sindicatos policiais – composta por sete sindicatos da PSP e quatro associações da GNR. De recordar que a plataforma foi criada para «exigir a revisão dos suplementos atribuídos às forças de segurança e após o Governo ter aprovado o suplemento de missão para as carreiras da PJ», explica a plataforma.
O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), Paulo Santos, expressou que foi uma manifestação «histórica» e acrescentou que «é demonstrativa do grau de insatisfação que existe nas forças de segurança» e deixa a nota de que os protestos vão continuar até que seja dada «uma resposta concreta e efetiva» à principal reivindicação dos profissionais, que é a «paridade com a PJ».
A ação começou de forma espontânea, em solidariedade com o agente da PSP Pedro Costa, que, a 7 de janeiro, acampou junto à Assembleia da República para reivindicar melhores condições de trabalho. De recordar que, na cidade mais alta, os elementos da PSP e GNR também se mobilizaram, mais do que uma vez, em frente à Câmara Municipal da Guarda. José Duarte, representante distrital da Associação Sócio Profissional de Polícia (ASPP) disse, na cidade mais alta, que «esta vigília é um grito de revolta que afeta toda esta classe de forças e serviços de segurança por sermos tratados, ou destratados, pela tutela como polícias de segunda. Nós não queremos ser desprezados, viver de esmolas, queremos ter dignidade».
A manifestação começada pelo PSP Pedro Costa espalhou-se por todo o país. Desde 7 de janeiro foram várias as ações de GNR e PSP – desde vigílias pelas várias Câmaras Municipais do país, caixões colocados em frente à Assembleia da República a representar a «morte da Segurança Pública»; ainda o protesto no jogo Portimonense-Farense em que os PSP e GNR cantaram o hino nacional nas duas partes do jogo e a manifestação desta quarta-feira, que juntou cerca de 15 mil pessoas em frente à Assembleia da República.