Região

Marcelo Rebelo de Sousa diz que visita à Serra da Estrela «superou» as expetativas

Escrito por Luís Martins

O Presidente da República receia que se chegue a 2030 com um «cadastro altamente incompleto» das propriedades rurais, o que pode complicar a prevenção e o combate aos incêndios florestais.

“Temos os problemas apontados pelo senhor ministro da Administração Interna que estão a ser enfrentados. Mas demoram tempo. A propriedade fundiária, o reordenamento florestal. Eu junto o cadastro, a lentidão. Eu sei que tem de ser assim porque o rigor científico e técnico assim o exige. Mas é uma dor de alma não ser possível definir quem é proprietário de quê. Há limitações estruturais», disse Marcelo Rebelo de Sousa na Guarda, onde terminou a visita aos concelhos da Serra da Estrela mais afetados pelos incêndios do último Verão.

O chefe de Estado afirmou também que falta envolver nesta matéria os portugueses, que têm que «perceber o que está a ser feito. O senhor ministro [José Luís Carneiro] tem sido muito, muito claro nas suas comunicações, aliando a preocupação da confiabilidade. Só confia quem percebe. Se não percebe não confia e a confiança é essencial para prevenir e depois para responder», considerou.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que esta foi uma jornada que correspondeu e até superou as expectativas e lembrou a propósito que «num país centralizado há quase nove séculos, a descentralização é uma revolução de mentalidades» porque para o «Portugal metropolitano certas realidades como esta que nos une pode não ser uma evidencia ou, pelo menos, uma evidência muito forte».

A visita terminou, já fora de horas, em Aldeia Viçosa, onde o presidente chegou pelas 23h30.

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Luís Martins

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