Região

IPG esgota cursos de Saúde na primeira fase

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Escrito por Efigénia Marques

“A taxa de ocupação de vagas no Politécnico da Guarda aumentou mais de 10 por cento em relação a 2020”

Arrancaram, esta segunda-feira, as matrículas dos novos alunos do Instituto Politécnico da Guarda (IPG). Daniel Mendes, de 18 anos, é um desses caloiros, vem de Aguiar, em Viana do Alentejo e confessa que Biotecnologia Medicinal é o curso onde queria mesmo entrar.
«Estou contente por estar aqui, sempre foi o meu sonho entrar no ensino superior, e estou um bocado nervoso, o que é normal porque não conheço nada disto, é a primeira vez que estou na Guarda», confessou o estudante. Natural de Vila Real, Sara Silva, de 18 anos, vem de «mente aberta para experimentar» o clima académico da Guarda. Ao nível da praxe, esta vai ser adaptada à atual situação pandémica do país. Rui Fernandes, estudante de Farmácia e membro do Concílio de Veteranos da Escola Superior de Saúde, afirma que estão «a tentar não mudar muito porque temos muitas tradições e hierarquias, mas claro que vamos tentar ajustar a Covid à praxe».
A taxa de ocupação de vagas no IPG na primeira fase de acesso ao ensino superior aumentou mais de 10 por cento em relação ao ano anterior. Das 891 vagas atribuídas foram ocupadas 543, ficando disponíveis para a segunda fase 354 lugares. Os cursos que ocuparam todos os lugares disponíveis foram Enfermagem; Farmácia; Biotecnologia Medicinal; Desporto; Desporto, Condição Física e Saúde; Gestão de Recursos Humanos e Marketing. Já Engenharia Civil e Engenharia Topográfica voltaram a não ter colocado. O curso que obteve a melhor nota do último estudante colocado foi Engenharia Informática, com 15,34 valores, enquanto Gestão registou a pior nota com 10,70.
Perante estes resultados, o presidente do IPG refere que o Politécnico da Guarda «volta a cumprir bem a sua função de atrair e de fixar jovens na Guarda e em Seia, qualificando profissionais que vão ter um papel central no desenvolvimento da região da Guarda e do interior». Para Joaquim Brigas, o aumento do número de estudantes, «e de estudantes com notas mais altas, é a resposta aos novos cursos que criámos – como Biotecnologia Medicinal, Mecânica e Informática Industrial e, agora, Desporto, Condição Física e Saúde – depois de uma década em que o IPG não conseguiu colocar nenhum curso novo em funcionamento».

 

UBI preenche mais de 90 por cento das vagas pelo quinto ano consecutivo

Já na Covilhã, a Universidade da Beira Interior (UBI) conseguiu nesta fase de acesso uma taxa de ocupação de cerca de 94 por cento, sendo que dos 31 cursos, 23 já estão completos. É o quinto ano consecutivo que a instituição ultrapassa os 90 por cento e o terceiro com mais de 1.200 estudantes colocados.
No total, ingressaram 1.247 novos alunos na UBI, que tinha 1.332 lugares, e ficam a restar 124 vagas para a segunda fase de acesso que arrancou esta segunda-feira. Entre os cursos que têm vagas abertas estão Engenharia Civil; Engenharia Eletromecânica; Informática Web; Física e Aplicações; Engenharia e Gestão Industrial; Engenharia Eletrotécnica de Computadores; Matemática e Aplicações e Estudos Portugueses e Espanhóis. A média mais alta do último colocado foi no Mestrado Integrado em Medicina (18,32 valores), seguindo-se Engenharia Aeronáutica (16,51), Ciências Farmacêuticas (16,46), Ciência Política e Relações Internacionais (16,36), Psicologia (162,1) e Gestão (157,5). Já Estudos Portugueses e Espanhóis tem a nota do último classificado mais baixa (11,25).
«Os resultados colocam novamente a academia entre as mais procuradas pelos estudantes entre as instituições de ensino superior afastadas dos maiores centros urbanos nacionais», refere a UBI em comunicado enviado a O INTERIOR.

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Efigénia Marques

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