Cada região do país vai ter um plano próprio de prevenção de fogos florestais, consoante a especificidade do território, anunciou o presidente da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIF).
Esta é uma das medidas propostas no Plano Nacional de Gestão Integrada dos Fogos Rurais (PNGIFR) e que tem como objetivo a redução para metade da área ardida até 2030. Segundo Tiago Oliveira, tendo em conta que 95 por cento da área florestal é privada, é necessário haver uma floresta «mais valorizada do ponto de vista social», em que o proprietário passará a receber dinheiro para a gerir e, com isto, ser capaz de «cuidar dela e investir». O plano tem um horizonte temporal de uma década, pelo que se espera que, em 2030, tenham sido limpos 1,2 milhões de hectares de floresta, o equivalente a «20 por cento dos seis milhões de hectares que existem no território com risco de incêndio».
Outra das metas a atingir prevê que dentro de 10 anos as áreas ardidas com mais de 500 hectares estejam totalmente geridas e com planos de recuperação executados, e que existam menos de 80 por cento das ignições nos dias de risco de incêndio. O PNGIFR contempla uma despesa total superior a seis mil milhões de euros, com um investimento expectável de 60 por cento a ser direcionado para a prevenção e 40 por cento para o combate. O plano terá agora que ser aprovado em Conselho de Ministros, cabendo depois à AGIF elaborar os programas de ação nacional e regionais, que devem estar concluídos no terceiro trimestre deste ano.