Chama-se “Sustento” a moeda local que vai recompensar os figueirenses que reutilizem desperdícios e transformem lixo em produtos de valor acrescentado, anunciou a autarquia de Figueira de Castelo Rodrigo.
O projeto vai também envolver as escolas e foi financiado pelo Fundo Ambiental Re-Educa para promover «práticas mais sustentáveis no uso eficiente e duradouro dos recursos». A iniciativa surge integrada no projeto-piloto “Figueira Circular”, promovido pela Plataforma de Ciência Aberta, que resulta de uma parceria entre o município e a Universidade de Leiden (Holanda), e pelo Gabinete de Ambiente da autarquia, em colaboração com diversas entidades locais, como a “e.cos – Iniciativa Comunitária para a Sustentabilidade”. Durante a sua implementação os estudantes do Agrupamento de Escolas da vila e as respetivas famílias «são incentivados a separar e a entregar na escola resíduos de plástico e de tecidos».
Segundo os promotores, o objetivo é criar produtos a partir de ferramentas de reciclagem e “upcycling” (reaproveitamento e reutilização) locais, «como técnicas de fusão de plástico e de costura, impressão 3D ou utilizando as máquinas desenvolvidas pelo projeto internacional “Precious Plastic”, que transformam plástico em praticamente qualquer objeto», e que vão estar disponíveis na Plataforma de Ciência Aberta, em Barca d’Alva, a partir desta semana. Os produtos “Sustento” poderão ser adquiridos com “Sustentos”, moeda que também poderá ser utilizada como créditos no acesso ao ginásio ou a bilhetes de cinema. Estes produtos estarão disponíveis para venda na Plataforma de Ciência Aberta e na papelaria da escola, bem como em feiras e mercados locais. O projeto-piloto culminará em dezembro com a realização de um Fórum de Economia Circular.