A 18ª edição da Feira do Fumeiro, dos Sabores e Artesanato do Nordeste da Beira teve início na sexta-feira, no Pavilhão Multiusos de Trancoso. O evento, que conta com cerca de 60 expositores, é organizado pelo município e pela Associação Empresarial do Nordeste da Beira (AENEBEIRA).
Na sessão de abertura, Amílcar Salvador, presidente da autarquia, assumiu que o objetivo da feira são «as trocas comerciais e alguns momentos de diversão», tendo elogiado os empresários e expositores «que conseguiram nunca desanimar, nem desistir» face às adversidades da pandemia. O edil recordou ainda que, «em anos normais (até 2019)», o certame era «muito concorrido, havia muitas excursões que nos visitavam», e afirmou que as várias feiras que decorrem no distrito no fim de semana de Carnaval são «complementares e uma boa oportunidade para quem quiser vir visitar o nosso território». Já o presidente da AENEBEIRA, Tomás Martins, agradeceu apenas «a resiliência dos nossos produtores e empresários», deixando «os recados» para mais tarde.
Presente na abertura do evento, a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, sublinhou a importância destas iniciativas: «O interior é muito isto que se consubstancia nesta feira porque é, sem dúvida, um território de produtos singulares, de valores únicos e por isso mesmo a esmagadora maioria dos produtos e as designações de origem protegida estão de Norte a Sul do interior do país», declarou. A governante destacou ainda que o interior tem sido «capaz de criar riqueza à volta de outros recursos que não os do próprio território e é isso que temos de dar a conhecer porque o interior hoje é também “casa” de muitas empresas de base tecnológica ligadas às comunicações, à inteligência artificial, à robótica e com uma forte componente turística». O certame está de regresso este fim de semana e tem entrada gratuita.
Produtores «contentes com regresso a uma certa normalidade»
A 18ª edição da Feira do Fumeiro tem cerca de 60 expositores, alguns dos quais se manifestaram satisfeitos com o regresso do certame.
É o caso da “Magui Artesanato & Sabores”, cuja responsável afirma estar «contente» com a iniciativa. «Estamos a tentar entrar numa certa normalidade. Na minha banca podemos encontrar sardinhas doces de Trancoso, a bola de folhas de Trancoso e a bola de chocolate de Trancoso», sublinhou a comerciante. Também no stand da Padaria das Muralhas o sentimento é de satisfação: «Gostamos de estar sempre presentes porque a Feira do Fumeiro faz parte da nossa cidade», disse uma das responsáveis. No seu espaço há «doces e salgados, mas apostamos agora em produtos com enchidos, temos broa com chouriço, folar de enchidos, pão com chouriço, bolas de carne e os doces regionais, como a bola doce, a filhós, o folar de ovos, as bolachinhas e a sardinha doce de Trancoso», referiu.
Outro dos expositores é o “Arte com pedra”, que expõe peças de pedra esculpidas à mão nas mais diversas formas e estilos, e a sua responsável afirmou que «é muito bom a gente estar de volta, é sinal que isto está a melhorar». Já a CBEAL (Carnes Beira Alta – Fumeiro de Trancoso) vende todo o tipo de enchidos. «A importância destas feiras é muita, não só para a divulgação, mas como em termos de negócio», admitiu a responsável. A Quinta do Beijo, de Sabrosa (Vila Real) tem sido uma presença constante nesta feira, cujo responsável considerou «bastante importante porque dão uma grande divulgação do nosso produto, da nossa marca aos produtores locais e aos visitantes».