O executivo guardense vai emitir um parecer desfavorável à ampliação da Mina de Alvarrões. Falamos de um parecer aprovado por unanimidade esta segunda-feira na reunião quinzenal do executivo.
O presidente da Câmara da Guarda explica que «há incongruências». Na avaliação do impacto ambiental da ampliação da mina, submetida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) «não se menciona que o espaço está no território do Geopark, nem que está numa zona de Reserva Ecológica, nem se menciona o potencial turístico na recuperação de algumas quintas». Para além disso, a «remediação ambiental» dos espaços explorados «não tem sido feita, para além dos impactos que pode ter nas linhas de água».
Adelaide Campos, vereadora socialista, justifica a posição por saber que «a mina funciona com condições ilegais», e aponta para o interesse na exploração de lítio: «o que interessa todos sabemos que é o lítio, que move grande parte das novas tecnologias automóveis». A socialista reforça que «se temos uma mina a funcionar de forma ilegal é preciso pará-la até que sejam cumpridos os requisitos».
Por sua vez, o vereador social-democrata também se juntou ao parecer desfavorável porque tem de ser «reposta a legalidade». Carlos Chaves Monteiro afirma que «isto ultrapassa o que nos está a ser pedido pela APA», e concorda que a Câmara Municipal «deve agir e exigir a regeneração e reorganização do espaço».