Durante o mês de agosto, a principal fronteira ferroviária portuguesa, Vilar Formoso, que dá ligação a Madrid e à fronteira francesa de Hendaya, vai estar fechada à circulação de composições.
Tal como tinha sida prometido na cimeira ibérica da Figueira da Foz, em 2003, Espanha irá eletrificar a linha entre Salamanca e Vilar Formoso. As obras já estão em execução, sendo que a gestora de infraestruturas ferroviárias espanhola (Adif) sustenta que precisa de encerrar aquele troço para poder trabalhar 24 horas por dia sem comboios a passar. O serviço internacional para Espanha e França fica assim comprometido. A Renfe já havia anunciado que não conta reativar, «pelo menos no curto prazo», o Lusitânia Expresso, o comboio-hotel que ligava diariamente Lisboa a Madrid, cuja circulação foi interrompida devido à pandemia. Em declarações ao diário “Público” na semana passada, o presidente da CP, Nuno Freitas, assumiu que não deverá haver serviço internacional pelo menos até setembro, mas que foi criado um grupo de trabalho entre a empresa portuguesa e a Renfe para estudarem novos modelos de negócio nas relações internacionais entre Portugal e Espanha, tendo em conta os elevados prejuízos destas ligações.