Região

Descontos nas portagens das ex-SCUT custaram menos que o previsto ao Estado

16 03 2022 07 54 39
Escrito por Efigénia Marques

A introdução de descontos de 50 por cento nas portagens das antigas autoestradas SCUT custaram menos do que o previsto ao Estado.
As previsões do Governo e dos técnicos da Unidade Técnico de Apoio Orçamento (UTAO) apontavam para um custo entre 64,4 milhões e 82,1 milhões de euros nos últimos seis meses do ano passado. No entanto, entre 1 de julho e final de dezembro, a medida custou cerca de 42 milhões de euros. Segundo a edição de domingo do “Dinheiro Vivo”, suplemento de economia do “Diário de Notícias”, o Orçamento do Estado (OE) para 2021 apontava para 80 milhões de euros de despesa. A diferença é justificada pelo regresso desigual dos automobilistas às nove autoestradas beneficiadas (A17, A22, A23, A24, A25, A28, A29, A41 e A42) – e ainda a ligação da A4 entre Sendim e em Águas Santas.
Segundo o jornal, o maior montante de descontos foi atribuído na concessão da Costa da Prata, num total de 7,74 milhões de euros para reduzir as tarifas na A17, parte da A25 e da A29. A segunda concessão mais beneficiada foi a do Grande Porto (A41 e A42), com 7,35 milhões de euros. Houve ainda 6,15 milhões de euros atribuídos à A28, autoestrada do Norte Litoral. A medida que entrou em vigor em julho também contemplava a redução de 75 por cento nas tarifas para viagens realizadas com carros elétricos, mas ainda não se sabe quando esses benefícios serão disponibilizados. A redução das portagens nas ex-SCUT está nas mãos dos ministérios das Finanças, Infraestruturas e Coesão Territorial.
Com as medidas em vigor desde 2021, a despesa total com descontos nas ex-SCUT disparou quase 700 por cento: de 7,7 milhões em 2020 para 53,4 milhões de euros em 2021. Já a receita potencial destas autoestradas foi inferior em 1,88 por cento, para 266,77 milhões de euros em 2021. Segundo o “Dinheiro Vivo”, somadas as medidas do primeiro e segundo semestres, a A25, que liga Aveiro a Vilar Formoso, proporcionou a maior atribuição de descontos, no total de 8,97 milhões de euros, praticamente o triplo face a 2020. A autoestrada da concessão Beiras Litoral e Alta foi também a travessia mais rentável, com 40,3 milhões de receita potencial.

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Efigénia Marques

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