O município de Penamacor está a ponderar integrar um sistema multimunicipal de água e saneamento para não ficar condicionado nas candidaturas aos fundos comunitários.
«É necessário dar esse passo e avaliar a viabilidade ou não da agregação do sistema em baixa de Penamacor com outros sistemas multimunicipais porque não podemos ficar isolado nestes processos, até sob pena de não ter acesso a candidaturas de apoios europeus», disse o presidente da autarquia. António Luís Beites lembra a existência da APAL – Águas Públicas em Altitude, que junta os serviços municipalizados de água e saneamento de Celorico da Beira, Guarda, Manteigas e Sabugal, criada este ano, ou o sistema a Sul que serve concelhos da Beira Baixa. «Estes assuntos devem ser bem estudados, ouvir-se a opinião pública nos locais devidos, para que as coisas possam ou não acontecer», referiu o edil penamacorense, adiantando que o município já encomendou os estudos que permitam tomar uma decisão.
«Atualmente, a nossa estrutura tarifária está enquadrada dentro dos valores de alguns municípios que hoje já estão agregados. Ou seja, não tendo aqui os estudos presentes, eventualmente sem grande penalização para os nossos munícipes, podemos agregar a água em baixa de Penamacor com outras condições», realçou António Luís Beites. Declarações feitas na semana passada, à margem da inauguração da nova adutora, que liga a Estação de Tratamento de Água da Barragem da Meimoa à zona industrial de Penamacor. O investimento foi da ordem dos 2,3 milhões de euros, integralmente suportado pela Águas do Vale do Tejo, concessionária do abastecimento em alta, e vai permitir as ruturas que provocavam falhas no abastecimento de água na sede do concelho.
Segundo o presidente da Câmara de Penamacor, fica a faltar «um pequeno troço, de 700 metros», para ligar aos depósitos situados na zona alta da vila, normalmente mais afetada pela falta de água no Verão. «Contamos que o problema fique resolvido durante o próximo ano», disse o autarca.