A Fundação Côa Parque viu aprovada uma candidatura de 260 mil euros para ações de sensibilização e plantações de espécies arbóreas autóctones nos núcleos rupestres da Canada do Inferno e da Penascosa.
O projeto foi apresentado à linha de Assistência à Recuperação para a Coesão e os Territórios da Europa (REACT-EU) e vai permitir a plantação de espécies resilientes ao fogo naqueles dois sítios emblemáticos da arte rupestre do Vale do Côa, como azinheiras, sobreiros, zambujeiros, salgueiros e amieiros. O objetivo é criar «mais zonas de sombra, já que a Canada do Inferno e a Penascosa são dois dos sítios mais visitados do Parque Arqueológico do Vale do Côa (PAVC), e evitar que o fogo deixe uma marca negra neste valioso património universal e da humanidade», justificou Aida Carvalho, presidente da Côa Parque. Este projeto teve início com a monitorização topográfica e geofísica dos locais e com colocação de sensores e de uma estação meteorológica para melhor acompanhamento e análise dos dados de humidade, temperatura e atividade sísmica. Numa segunda fase será efetuada a estabilização de escombreiras resultantes das obras da barragem do Alto Côa, suspensas em 1996. No total, serão plantadas árvores numa área de cerca de 20 hectares. «Para a plantação destas espécies foram colocados sedimentos na base da escombreira e agora estamos na fase de plantação de espécies autóctones nestes dois locais», acrescentou a responsável.