A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) considera que o presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), Tiago Oliveira, tratou «de forma grosseira e grave duas das componentes mais relevantes da proteção civil nacional» ao afirmar que os bombeiros «recebem em função da área ardida» e que os autarcas «gastam mais com os bombeiros do que na gestão florestal».
Em comunicado enviado a O INTERIOR, a CIMBSE, cujo Conselho Intermunicipal reuniu esta terça-feira na Guarda, exige que o presidente da AGIF se retrate das afirmações que proferiu na Assembleia da República e «peça desculpa aos municípios, aos autarcas e às corporações de bombeiros que ofendeu de forma gratuita». Na missiva sugere-se ainda que o responsável renuncie ao cargo «para o qual foi nomeado».
A reação da CIMBSE surge poucos dias depois de Gil Barreiros, presidente da mesa do Congresso da Liga de Bombeiros Portugueses, ter criticado, conforme O INTERIOR noticiou, «o silêncio» da Comunidade Intermunicipal nesta matéria. «Sinto-me defraudado. Este silêncio perante coisas que não são verdade e denigrem a imagem dos bombeiros não está a ajudar os voluntários», disse o responsável nas comemorações dos 147 anos dos bombeiros da Guarda, que decorreram no domingo.
A Liga esteve ontem reunida com o presidente da Assembleia da República e entregou uma «moção de protesto e repúdio» ao primeiro-ministro, tendo confirmado que vai apresentar uma queixa-crime contra Tiago Oliveira.
