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Bombeiros de Manteigas têm benefícios no IMI, taxas urbanísticas e refeições escolares

Bombeiros
Escrito por Sofia Pereira

Uma proposta que visa combater a «crise do voluntariado»

A Câmara de Manteigas atribuiu vários benefícios aos operacionais dos bombeiros voluntários da localidade. Os apoios vão da redução das taxas urbanísticas até aos 60 por cento, uma compensação da taxa de IMI, que pode ir até aos 100 por cento em habitação própria permanente de um bombeiro, a isenção de pagamento em refeições escolares no jardim de infância e escola básica e 2º ciclo da rede pública no concelho e ainda a isenção de pagamento de taxas referentes à utilização de piscinas e equipamentos municipais, bem como eventos culturais.
Para o presidente da direção da Associação Humanitária manteiguense, Cláudio Serra, estes são benefícios exclusivos e direcionados aos “soldados da paz” com o objetivo de fomentar o voluntariado no concelho serrano. «É um protocolo histórico que, apesar de não resolver tudo», vai contribuir para resolver em parte aquilo que é a crise do voluntariado, uma vez que não havendo voluntários, não há profissionais para integrar os quadros da corporação», especifica o responsável. Em funções desde outubro do ano passado, o dirigente lembra que quando a nova direção tomou posse havia «38 operacionais, atualmente temos em vista a integração de sete operacionais que vieram da escola de estagiários, tivemos transferências de bombeiros externos para a corporação de Manteigas e tem havido inscrições de novos voluntários», pelo que Cláudio Serra acredita que no final de 2024 «ultrapassamos os 50 operacionais no ativo». O INTERIOR tentou contactar o presidente da Câmara de Manteigas, Flávio Massano, mas sem sucesso até ao fecho desta edição.

Contas reequilibradas em três meses

A nova direção dos Bombeiros de Manteigas tomou posse há quase sete meses e, segundo o presidente, nessa altura «o saldo era negativo». As contas mais recentes foram aprovadas por unanimidade na última Assembleia-Geral e confirmaram o inesperado: «O departamento de Contabilidade previa que se terminasse o ano de 2023 com um saldo negativo de 40 mil euros, mas em três meses não só revertemos essa previsão, como acrescentámos 32 mil euros às contas da Associação Humanitária», realça Cláudio Serra.
O presidente faz questão de sublinhar que este saldo positivo representa também um «contínuo investimento, quer na melhoria das camaratas dos operacionais, quer na aquisição de viaturas, para que o serviço e as condições de trabalho melhorem». Entretanto, está prevista a construção de um novo quartel para os voluntários manteiguenses, mas tendo em conta a demora das obras, a Associação Humanitária vai continuar a investir nas atuais instalações para que os operacionais tenham «mais e melhores condições» de trabalho. Cláudio Serra, presidente da direção, acredita que os Bombeiros de Manteigas. Resolvidos alguns dos principais problemas da corporação, Cláudio Serra considera que os voluntários «estão novamente de mãos dadas e de portas abertas à comunidade local».

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Sofia Pereira

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