O Museu do Côa, em Vila Nova de Foz Côa, assinala esta quinta-feira dez anos de funcionamento com uma homenagem a António Guterres. O nome do atual secretário-geral da ONU foi dado ao grande auditório do equipamento, que abriu portas a 30 de julho de 2010.
Com este gesto, a Fundação Côa Parque pretendeu destacar o papel do antigo primeiro-ministro, cujo Governo optou por suspender a construção de uma barragem hidroelétrica no rio Côa para salvaguardar as gravuras rupestres entretanto descobertas.
«Não foi uma decisão que merece ser homenageada porque foi uma decisão fácil, não foi corajosa», disse António Guterres, que afirmou ter sido «sempre evidente» que se havia no Vale do Côa «um património com esta dimensão e importância, não havia dúvida que tinha de ser preservado». Na sua intervenção, o atual secretário-geral da ONU prestou homenagem «a todos os se mobilizaram em defesa das gravuras» e também «àqueles estão a estudar e a preservar este património universal».
Na cerimónia, que está a decorrer, marcam presença, além de António Guterres e do autarca local, Gustavo Duarte, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa. Estão também presentes representantes da Assembleia da República, instituições de ensino superior, investigadores, autarcas e outras figuras associadas aos projetos da Arte do Côa.