Região

Almeida revive cerco napoleónico no fim de semana

Escrito por Jornal O Interior

Recriação histórica da capitulação da praça-forte, em 1810, durante a terceira invasão francesa é protagonizada por centenas de figurantes e presenciada por milhares de visitantes

Centenas de figurantes portugueses e estrangeiros protagonizam no fim de semana a recriação histórica do “Cerco de Almeida”, que evoca a capitulação da fortaleza em 1810, durante a terceira invasão francesa.
A XVª edição do evento começa na manhã desta sexta-feira com um seminário internacional dedicado ao tema das “Soberanias Europeias e Fortalezas Abaluartadas”, no CEAMA – Centro de Estudos e Arquitetura Militar de Almeida, e a abertura do mercado oitocentista. Até domingo haverá animação de época, um acampamento histórico militar, desfiles de tropas, oficinas de artilharia, infantaria, cavalaria, balística, entre outras atividades. No sábado (23 horas), antes do concerto de Camané, terá lugar a reconstituição do cerco das tropas de Massena e a explosão do paiol da praça-forte que ditou a rendição de Almeida aos franceses. No domingo (11 horas) acontece outro momento alto desta recriação com o assalto à fortaleza, junto às Portas de São Francisco. A viagem ao passado organizada pela Câmara de Almeida e pelo Grupo de Reconstituição Histórica do Município de Almeida termina com uma visita guiada encenada.
«Esta recriação é uma marca reconhecida nacional e internacionalmente», sublinha o presidente da autarquia, segundo o qual os visitantes terão a oportunidade de «reviver a História e as invasões francesas e de estar dentro das reconstituições neste cenário fantástico que é a fortaleza de Almeida». António Machado adianta que este ano a organização decidiu mudar os locais e os cenários de algumas atividades para dar «uma nova dinâmica» ao evento, mas também aposta em atividades culturais. «Esperamos ultrapassar a fasquia dos 25 a 30 mil visitantes que em anos anteriores vieram até Almeida neste fim de semana», acrescenta o edil, adiantado que este ano pode ser batido o recorde de turistas. «Pelo aumento verificado desde janeiro, sobretudo de espanhóis, a nossa expetativa é conseguir ultrapassar os 100 mil visitantes, o que será fantástico para Almeida», refere o autarca.
Segundo António Machado, este crescimento deve-se «ao trabalho de promoção e divulgação» levado a cabo pela autarquia, mas também a atividades «como estas, que dão notoriedade e aguçam a curiosidade das pessoas sobre a nossa história e património». De resto, o edil considera que a vila amuralhada soube «posicionar-se muito bem» nesta área das invasões francesas, pois pertence à Rede Ibérica Napoleónica e à Federação Europeia. Almeida integra ainda o grupo de trabalho de turismo militar e é membro fundador da rota equestre napoleónica. A recriação do “Cerco de Almeida” está integrada na estratégia municipal de candidatura da vila a património mundial no âmbito da inscrição das “Fortalezas Abaluartadas da Raia”.

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