A Área de Acolhimento Empresarial de Trancoso será inaugurada a 28 de fevereiro, estando já a decorrer o período de candidaturas para a instalação de indústria, empresas de armazenagem e logística, bem como de comércio e serviços. O metro quadrado vai custar dois euros e os investidores têm até 15 de abril para concorrer a dez dos 15 lotes disponíveis no lugar do Crujeiro, segundo o aviso de abertura do procedimento publicado no passado dia 22.
Os espaços estão devidamente infraestruturados e têm áreas entre os 1.200 e 3.000 metros quadrados. A nova zona industrial ocupa 4,5 hectares e resulta de um investimento de 845 mil euros, comparticipados em 710 mil euros pelo Programa Operacional Regional do Centro – Centro 2020. «Esta Área de Acolhimento Empresarial destina-se a captar investimentos que criem postos de trabalho. Queremos pequenas empresas e outras com alguma dimensão para tentar fixar as pessoas», sublinha Amílcar Salvador. O presidente do município admite ter «boas expetativas» para a ocupação destes primeiros lotes, até porque tem havido «uma grande vontade e interesse» de empresários de carpintaria, serralharia e agroalimentar, entre outros setores de atividade. O edil recorda que «há mais de vinte anos» que não havia lotes industriais disponíveis em Trancoso, pelo que está «otimista» com esta primeira fase de candidaturas.
Na próxima segunda-feira (18 horas) terá lugar no auditório do Pavilhão Multiusos uma primeira sessão de esclarecimentos e de apresentação da Área de Acolhimento Empresarial, que se situa junto à estrada municipal que liga Trancoso a Fiães. O encontro acontece uma semana depois da publicação em “Diário da República” do Regulamento para Atribuição de Lotes que estabelece, entre outras regras, os critérios de ponderação que vão graduar as candidaturas. São eles a criação líquida de postos de trabalho, o volume do investimento e a atividade económica a instalar. A entidade gestora será a Câmara de Trancoso. De acordo com o regulamento, disponível no site da autarquia (www.cm-trancoso.pt), a Área de Acolhimento Empresarial configura «uma ferramenta fundamental para a atração de empresas e indústrias» e vem dar «uma resposta integrada à necessidade de modernização e diversificação do tecido económico do concelho, promovendo a criação de condições para a instalação de novas unidades empresariais e para a criação líquida de postos de trabalho na região».
A construção da nova zona industrial foi adjudicada em novembro de 2018 à empresa João Tomé Saraiva, da Guarda, e para a sua inauguração já foi convidada a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que «foi um parceiro empenhado e determinante da Câmara neste processo enquanto presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro», recorda Amílcar Salvador.