A campanha de Pedro Marques teve um reforço de peso no jantar-comício da Covilhã. Na sexta-feira, António Costa, secretário-geral do PS e primeiro-ministro, acusou o social-democrata Paulo Rangel de não ter feito nada em Bruxelas pelo país, em particular pelo interior.
«Quando falamos do interior não nos metemos num helicóptero», ironizou o líder socialista aludindo ao voo do cabeça de lista do PSD sobre a zona de pinhal dos distritos de Coimbra e Leiria, atingida pelos incêndios em 2017. Já Pedro Marques mereceu de António Costa o elogio pelo trabalho realizado no Governo, em particular as obras no IC3, a requalificação da ligação ferroviária entre a Guarda e a Covilhã – obra em curso – e a reprogramação dos fundos comunitários do Portugal 2020 «que permitiram alocar 1.700 milhões de euros para apoio à fixação de empresas no interior», recordou o secretário-geral do PS. «Há uns que falam, falam, falam… e há aqueles que fazem», acrescentou António Costa, que perguntou «o que fez Paulo Rangel pelo interior, para além de ter vindo passear de helicóptero, em 10 anos de presença no Parlamento Europeu?».
Sobre a troca de acusações que tem marcado a campanha, o dirigente do PS considerou que aos social-democratas «lhes dói muito e é por isso que, em vez de dizerem alguma coisa de bem pela Europa e por Portugal, a única coisa que são capazes de dizer é mal do PS. A política não é local para maledicência, é local para bem fazer». Antes, Pedro Marques já tinha centrado a sua intervenção no apoio a empresas inovadoras. «Não queremos agências de emigração, mas agências de inovação e redes de empreendedorismo», disse o cabeça de lista socialista. O jantar-comício juntou cerca de 400 apoiantes.