O socialista Pedro Sánchez foi reeleito chefe do governo espanhol com 179 votos, o suficiente para obter maioria (176). O PSOE, o Sumar, a Esquerda Republicana Catalã, o Junts per Catalunya, a Eh Bildu, o Partido Nacionalista Basco, o Bloco Nacionalista Galego e a Coligação Canária votaram a favor da investidura do candidato do PSOE.
Por sua vez, o Partido Popular, o VOX e a União do Povo Navarro votaram contra a investidura do chefe do Governo para a nova legislatura saída das eleições de 23 de julho. O PSOE foi a segunda força mais votada nessas legislativas e vai assumir o governo em coligação com o Somar, uma plataforma de formações de esquerda e extrema-esquerda, liderada pela atual ministra do Trabalho, Yolanda Díaz.
Os acordos para a viabilização do Governo que o PSOE assinou com os dois partidos catalães têm estado no centro de polémica e protestos, por incluírem uma amnistia para as pessoas envolvidas no movimento independentista da Catalunha entre 2012 e 2023, que teve como auge uma declaração unilateral de independência em outubro de 2017.
A amnistia é contestada pela direita e por diversas entidades e setores, incluindo associações de juízes e procuradores, que alertaram para a possibilidade de um ataque ao princípio da separação de poderes, à independência da Justiça e ao estado de direito.