Com a campanha para as legislativas a chegar ao fim, O INTERIOR foi ouvir os candidatos pelo círculo da Guarda dos partidos que, tradicionalmente, não elegem deputados. Quase todos responderam a quatro perguntas:
1 – Quais são as suas três principais propostas?
2 – Qual é o maior problema do distrito da Guarda e o que propõe para o resolver?
3 – Como avalia os deputados eleitos pelo círculo da Guarda? e
4 – Por que é que um eleitor deve votar em si?
Faltaram à chamada os cabeças de lista do MPT (Mário Gomes), PTP (António Andrade), R.I.R (Ana Ramos) e MAS (Sílvio Miguel). Já o candidato do Chega (José Marques) manifestou disponibilidade para responder, mas não o fez até à hora do fecho desta edição. Aqui ficam as respostas.
Jorge Dourado (Volt)
1 – Numa economia cada vez mais digital, ter a garantia de Internet de alta qualidade em todo o distrito é fundamental para atrair novas empresas, novos habitantes, trabalhadores em teletrabalho e nómadas digitais. Apoiar empresas que se instalem nesta região, por via de uma taxa de IRC mais atrativa, mas com uma fiscalização que garanta a sua presença efetiva e não apenas das suas sedes sociais. Por fim, para a atração de massa crítica, profissionais qualificados, é necessário o apoio à habitação via subsídio de renda ou redução de IRS e IMI, seja com o acesso a creches gratuitas.
2 – O maior problema do distrito da Guarda é a desertificação. Para combater esta adversidade, as medidas já apontadas serão ferramentas fundamentais. A desertificação do interior só pode ser combatida com a atração de empresas que criem emprego e que atraiam trabalhadores jovens e qualificados.
3 – Os deputados atualmente eleitos pela Guarda tendem a seguir o alinhamento das políticas emanadas pela direção do partido, descurando assim o compromisso que assumiram com os seus eleitores, de promoverem políticas que desenvolvam o distrito que representam na Assembleia na República.
4 – As soluções governativas mais recentes mostraram-nos o seu desgaste e não são mais uma solução para os desafios do sec. XXI. O Volt já demonstrou na Europa que tem soluções adequadas para os problemas que mais afligem as pessoas e Portugal tem de ser definitivamente um país europeu em todas as vertentes. Sou um dos candidatos mais jovem do distrito, o que representa coragem, dinamismo, ideias novas, mas também conhecimento e compromisso. Ao mesmo tempo não nos opomos a dialogar, com o PS ou o PSD, de forma a garantir um Governo estável e de compromisso com os eleitores.