Luís Couto arrisca Pedro Pires na lista à Câmara

Luís Couto esperou pelo último dia para entrega das listas no tribunal para revelar os nomes que completam a candidatura do PS à Câmara e Assembleia Municipal da Guarda. Na última segunda-feira, o independente garantiu que os primeiros critérios de escolha foram «a competência e o currículo profissional e político» dos candidatos.
Tal como O INTERIOR noticiou em maio, a médica Adelaide Campos é a número dois, mas como independente, seguida de António Monteirinho, líder da concelhia do PS, e de Pedro Pires, chefe de gabinete da secretária de Estado da Ação Social, um nome muito contestado no seio da família socialista. No quinto lugar está Cristina Vicente, professora da Secundária da Sé, que concorre como independente. Sandra Amaral Santos, André Pina (JS), Joana Carvalho, Diana Gomes, Luís Pena e Manuel Nabais são, por esta ordem, os restantes elementos. Para a Assembleia Municipal, Ana Mendes Godinho lidera uma lista que conta, nos primeiros lugares, por esta ordem, com Virgílio Bento, Pedro Pinto, Paulisa Assunção, Luísa Campos, Miguel Borges, Maria Manuel Pimentel e João Vaz, entre outros. Joaquim Valente ex-presidente da Câmara e último autarca socialista na Guarda, ocupa simbolicamente o último lugar.
«É uma equipa imbatível», sublinhou Luís Couto em declarações aos jornalistas, realçando que as listas integram «gente que não depende da política, que já deu provas na sua vida profissional e que está aqui para dar à Guarda aquilo que achamos que a Guarda merece». O candidato socialista acrescentou que são listas «para unir» o partido e que falou com «todas as fações do espectro socialista», pois «o tempo das lutas e do ódio na minha cabeça não existe, existe apenas a agregação de pessoas». O independente justificou também a inclusão de Virgílio Bento e Pedro Pires, dois dos protagonistas da cisão ocorrida em 2013, afirmando que «fazem parte do PS» e que é preciso «fechar o processo delicado, difícil,» que o partido viveu há oito anos. «Abriram-se alguns problemas no seio do partido nessa altura, mas ou fechamos os problemas ou vivemos com eles toda a vida. Portanto, está na altura de o fazer», adiantou Luís Couto.
«O que digo às pessoas que ainda têm muito vivo esse problema é que Pedro Pires e outros fazem parte do PS e nós precisamos deles no PS, além do mais são meus amigos», acrescentou. Os socialistas têm listas próprias em 20 freguesias do concelho (Aldeia do Bispo, Aldeia Viçosa, Benespera, Casal de Cinza, Cavadoude, Codesseiro, Fernão Joanes, Gonçalo, Guarda, Maçaínhas, Mizarela, Pêga, Pêra do Moço, Porto da Carne, Ramela, S. Miguel do Jarmelo, Vale de Estrela, Vela, Vila Fernando e Vila Franca do Deão) e não apresentam candidatos nas restantes. «Em dez não tentámos formar listas e vamos apoiar candidatos independentes porque entendemos que as populações estão de bem com essas listas», adiantou. Para Luís Couto, «nunca foi uma obsessão apresentar nomes em todo o lado. A nós interessa-nos essencialmente a qualidade dos sítios onde concorremos». Já em Famalicão, terra natal do independente, o PS não tem lista, o que lamenta. «Há razões para isso e também sei por que razões é que não tenho. Mas essas são contas que um dia vamos acertar», garantiu o candidato.