«Há forças políticas interessadas no alheamento dos portugueses relativamente às eleições europeias», considera João Oliveira, cabeça de lista da CDU, que esteve na Guarda no passado dia 7.
No final de uma arruada pouco concorrida, o candidato da coligação formada pelo PCP e Os Verdes subiu à tribuna improvisada no Jardim José de Lemos para apelar à mobilização dos eleitores, avisando que há eurodeputados que «não têm trabalho para apresentar» aos portugueses e que «não querem debater o que está em causa» nestas eleições. E que é «defender os interesses de Portugal na União Europeia», tarefa que só a CDU tem assumido em Bruxelas e Estrasburgo, sustentou João Oliveira. «Com dois deputados no Parlamento Europeu, foram mais de 1.550 as iniciativas desenvolvidas pela CDU em contacto direto com as populações, os trabalhadores, os pequenos e médios empresários e de todos aqueles que precisavam, em Portugal, de quem os ouvisse e lá lhes desse voz», adiantou o cabeça de lista.
Na Guarda, João Oliveira avisou que a União Europeia vai impor «mais restrições e condicionamentos» aos países-membros, nomeadamente medidas de restrição orçamental em relação «à utilização das verbas do Orçamento de Estado em função das metas do défice». É caso para dizer, segundo o candidato, que «lá se fazem, cá se pagam», ironizou. O cabeça de lista da CDU também não esqueceu o tema das portagens, mas para dizer que «é preciso ir mais além da abolição, é preciso acabar com as PPP rodoviárias, que são negociatas, verdadeiros negócios milionários para as concessionárias por força da decisão do Governo do PS de então. Só no último Orçamento de Estado significam mil milhões de euros líquidos de rendas», alertou.
João Oliveira (CDU) diz que há eurodeputados «sem trabalho para apresentar»
