Política

Flávio Massano recandidata-se em Manteigas

Massano
Escrito por ointerior

Flávio Massano, protagonista de uma das surpresas autárquicas no distrito da Guarda em 2021, vai recandidatar-se a um segundo mandato na presidência da Câmara de Manteigas.
Eleito pelo movimento “Manteigas 2030” com maioria relativa, o independente justifica que «desistir neste momento, depois de tanto trabalho e de todas estas vitórias e algumas derrotas – o incêndio de 2022, as enxurradas, a estrada [ER 338] fechada – em que tivemos que dar a volta e reinventar-nos, seria para mim um desperdício de tempo não me recandidatar». Com 35 anos, Flávio Massano adianta que já iniciou contactos com apoiantes e elementos da lista para «perceber se temos condições» para avançar como independentes, tal como em 2021. «Se tivéssemos feito um mau trabalho, ou não fossem alcançados os objetivos do movimento “Manteigas 2030”, não sentiria motivação para continuar a ser presidente da Câmara», garante.
Flávio Massano diz-se de «consciência tranquila» e «muito orgulhoso» do trabalho feito neste mandato e afirma que o chumbo do orçamento de 2025 pela Assembleia Municipal, em dezembro, «não foi determinante, mas contribuiu para manter a minha motivação». O autarca admite que «não fizemos tudo bem, mas aprendemos, crescemos e revitalizamos Manteigas. Hoje em dia é inegável que a vila é falada fora do nosso território, somos um exemplo para municípios maiores em termos de boas práticas, de projetos disruptivos e até de alguma ambição». Natural de Manteigas, mas radicado em Lisboa há vários anos, Flávio Massano regressou em 2021 numa opção que teve consequências na sua vida profissional.
«Não me sinto agarrado a esta missão, até porque quem a aceita perde muito e, no meu caso, perdi muito em termos financeiros, pois vivia de forma confortável, do meu trabalho, em Lisboa, e ser presidente de uma autarquia pequena, que tem o salário mais baixo dos políticos em Portugal, é mesmo abdicar de muita coisa», realça. Em 2021, Flávio Massano ganhou com 34,1 por cento dos votos e conseguiu dois mandatos no executivo, tendo governado com maioria relativa. Isto porque o PS, cujo histórico dirigente Esmeraldo Carvalhinho se recandidatava à presidência, ficou-se pelos 28,1 por cento e também elegeu dois vereadores – renunciou ao mandato antes de tomar posse. Já Nuno Soares (PSD) contabilizou 26,7 por cento dos votos e foi eleito para a Câmara. Por sua vez, Célia Morais (“Nós, Cidadãos!”) registou 6,7 e António Santos (CDU) não ultrapassou os 1,4 por cento dos votos.

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