Política

Fidélia Pissarra e Ana Margarida Cardoso concorrem à liderança das Mulheres Socialistas da Guarda

Mulheres
Escrito por Sofia Pereira

É a primeira vez em muitos anos que há mais do que uma candidata à presidência do Departamento das Mulheres Socialistas da Federação da Guarda do PS. Fidélia Pissarra e Ana Margarida Cardoso vão a votos esta sexta-feira.
Fidélia Pissarra diz-se pronta para assumir o cargo com o lema “Comunicação simétrica para um relacionamento simétrico” e pretende gerar «mais debate» porque, segundo a guardense, «a democracia vive sobre a pluralidade de ideias e conceitos sobre o que é ser mulher». A candidata acredita que, com o seu contributo, poderá «enriquecer o debate, as dinâmicas partidárias e propor alternativas» porque sem elas «não há democracia». A professora escolheu o termo “simetria” como conceito-chave da sua candidatura porque, segundo a própria, «é a falta de simetria na comunicação que, por vezes, afasta as pessoas e os camaradas». Para Fidélia Pissarra, estes termos «geram dificuldade em convergir no que deverá ser o sentido comum para caminhar juntos», pelo que quer contribuir para alterar o cenário das «comunicações assimétricas entre pessoas».
Sobre o facto de haver duas candidaturas à presidência das Mulheres Socialistas, Fidélia Pissarra, que apresentou a candidatura na sexta-feira, considera que isso significa que o PS «está vivo e dinâmico» e que é «sempre bom» quando há «empenho e envolvimento da sociedade civil, neste caso num partido que considero ser o que melhor representa o interesse das mulheres». Isto porque, com o Departamento das Mulheres Socialistas, estas podem ajudar a «resolver os problemas que sentem, vivem e sofrem de forma diferente dos homens, e propor soluções de acordo com a sua visão da sociedade e organização urbana», sublinha.
Já Ana Margarida Cardoso, natural de Seia, pretende «unir todas as mulheres em prol de uma causa». A socialista nota que, com o tempo, muitas mulheres se foram «desligando do partido», mas considera que chegou a altura de «trazer todos os reforços que puder para esta causa». A «luta pela igualdade» e o «apoio às vítimas de violência doméstica» são outros dois eixos fundamentais da sua candidatura, com a candidata a querer ajudar a «esclarecer e informar todas as mulheres que precisam de ajuda por qualquer situação, até em pobreza ou exclusão social, porque, por vezes, não sabem que têm direito a apoios».
Além disso, Ana Margarida Cardoso pretende criar uma «rede interdisciplinar em todos os municípios de apoio às vítimas de violência doméstica, que é um dos maiores flagelos do nosso distrito». A candidata compromete-se ainda, juntamente com as restantes estruturas do partido, a «lutar pelos desafios do distrito, como as acessibilidades, as condições de saúde e ensino, entre outras que são de todos nós, homens e mulheres». Na sua opinião, a existência do Departamento das Mulheres Socialistas «torna notórios os avanços na igualdade», porque «facilmente se colocaria um homem no lugar de uma mulher, e conquistas como a lei da paridade, que estabelece que as listas para a Assembleia da República, para o Parlamento Europeu e para as autarquias locais são compostas de modo a assegurar a representação mínima de 33 por cento de cada um dos sexos, são essenciais para que as mulheres possam ter um lugar e não sejam discriminadas». Tal como a oponente nestas eleições, Ana Margarida Cardoso considera que haver mais do que uma candidata é sinal que a «democracia está bem e saudável, significando a diversidade de conteúdos, ideias e propostas». Contudo, garante que «no dia seguinte às eleições estamos cá todas a lutar pela mesma causa».

Sobre o autor

Sofia Pereira

Leave a Reply