«Sem o PSD na Câmara não haverá nem “cluster” automóvel, nem porto seco, nem fábricas da mobilidade elétrica, nem a terceira fase da plataforma logística». O aviso é de Carlos Chaves Monteiro, que apresentou a sua candidatura à autarquia da Guarda na passada sexta-feira, no parque municipal.
Para o social-democrata, atual presidente do município que se candidata pela primeira vez ao cargo após a saída de Álvaro Amaro, o que está em causa nas próximas autárquicas é o PSD continuar «a liderar o maior ciclo de crescimento da história da Guarda», ou, caso contrário, «este impulso perde-se». Na sua opinião, é isso que será necessário «explicar aos nossos concidadãos» durante a campanha. «Quando o PSD teve a sua oportunidade de governar a Guarda, demonstrou ter a capacidade, a visão e o engenho para servir a cidade e o concelho melhor do que qualquer outro partido nos 47 anos de democracia!», garantiu, sublinhando que «estamos a transformar a Guarda e vamos fazer mais e melhor».
Perante inúmeros apoiantes, vários presidentes de Junta e muitos históricos do partido, Chaves Monteiro revelou alguns trunfos e anunciou várias promessas. A mais bombástica é a instalação na cidade de um hospital privado, que criará «90 novos postos de trabalho diretos e 200 indiretos». A futura unidade de saúde vai surgir no terreno do antigo matadouro, no Bairro da Luz, «dentro de dois anos», afirmou, adiantando que a autarquia já está a trabalhar com os grupos de saúde que irão concorrer. Na altura será constituído um direito de superfície para a cedência do terreno pelo prazo de 30 anos.
O presidente candidato comprometeu-se também a apostar na melhoria da mobilidade urbana, com um terminal rodoferroviário na Estação, ligações rápidas em minibus entre a Guarda-Gare e o Jardim José de Lemos e a criação de um sistema de mobilidade pedonal inteligente «com escadas rolantes e elevadores entre a zona dos Castelos Velhos e o Largo de São João». Outro compromisso é reabilitar 100 habitações socias e construir mais 60 no Bairro da Fraternidade, bem como mais 100 unidades de habitação jovem a preços controlados no espaço da feira quinzenal. «São obras para começar em 2022», garantiu.
Chaves Monteiro disse estar ainda a preparar a criação de uma zona económica especial, do porto seco e a atrair fábricas da mobilidade elétrica, além de concluir os Passadiços do Mondego e de apostar na candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura. «Os investidores que confiam em nós, não confiam nos outros. Se não fosse o PSD estar à frente da autarquia todo este investimento, emprego e dinâmica social se perderia», voltou a enfatizar, dizendo que nos últimos dois anos, o executivo que lidera conseguiu trazer para a cidade «100 milhões de euros de investimento que criaram mais de 500 novos empregos diretos». «Só em 2021 conseguimos trazer investimentos que representam mais de 900 postos de trabalho diretos, muito qualificados, em indústrias de tecnologias inovadoras», apontou, lembrando também que foi o PSD que equilibrou as contas do município e «devolveu à Guarda a autonomia do seu destino e a confiança na sua cidade e no seu futuro».
«Se vim para a política foi porque me convidaram para servir o meu concelho e para tirar a minha cidade do marasmo e da regressão em que se encontrava. Nessa altura – é preciso recordá-lo – a Guarda estava paralisada! O município tinha grandes dívidas e uma enorme fragilidade financeira. Não havia dinheiro para investir. Não se podia fazer nada! Recuperar financeiramente o município foi a minha primeira tarefa na Câmara», lembrou. João Queiroz, antigo reitor da UBI e ex-diretor-geral do Ensino Superior, é o mandatário da candidatura e José Carlos Alexandre, docente do IPG, o coordenador do programa eleitoral. Hugo Fernandes é o diretor de campanha e Pedro Nobre terá a responsabilidade da direção financeira, enquanto os jovens Cristina Frias e Alfredo Torres são os mandatários do Futuro.
Chaves Monteiro diz que PSD está «a liderar o maior ciclo de crescimento da história da Guarda»
Presidente do município e candidato social-democrata à Câmara avisa que «impulso pode perder-se» se PS vencer as próximas autárquicas