Política

Câmara da Guarda vende mais 11 lotes na plataforma logística

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Escrito por Sofia Pereira

Seis empresas vão instalar-se na terceira fase de expansão da PLIE, num investimento da ordem dos 5 milhões de euros que permitirá criar 64 postos de trabalho

Mais seis empresas vão instalar-se na plataforma logística da Guarda, num investimento total de 5 milhões de euros que criará 64 postos de trabalho. O anúncio foi feito na segunda-feira pelo presidente da Câmara na reunião quinzenal do executivo, que deliberou por unanimidade alienar onze lotes de terreno situados na terceira fase de expansão da PLIE.

«Foi aprovada a ata da hasta pública destes lotes para construção de seis novas empresas na plataforma logística. Seguir-se-á agora todo o processo burocrático para que os investidores possam fazer os projetos, iniciar a laboração e criar emprego e riqueza. Estamos a dar assim início à venda dos lotes da terceira fase cuja obra terminou há alguns meses atrás e já planeámos, em termos de ordenamento do território, a quarta fase», disse Sérgio Costa aos jornalistas no final da sessão. Segundo o autarca, as empresas em causa são da área da logística, manutenção e transformação. Na segunda-feira o executivo voltou a reunir na antiga sala de reuniões, de onde tinha saído há cerca de quatro anos devido à pandemia da Covid-19 para a sala António Almeida Santos, onde se realiza a Assembleia Municipal.

Antes da ordem do dia, António Monteirinho (PS) sugeriu a criação de equipas multidisciplinares com técnicos da autarquia para gerir os processos de regeneração urbana e da habitação. O vereador socialista justificou que seria «a melhor solução» para intervir nesta área e de forma «mais rápida», reiterando que não é necessária a criação da empresa municipal Guarda Viva – Renovação Urbana e Gestão do Património Edificado cujo conselho de administração foi chumbado pela oposição há três semanas. «Esta solução representaria uma poupança significativa», acrescentou António Monteirinho. O presidente da Câmara desvalorizou a sugestão, que classificou de «ato de contrição» do PS pelo chumbo da empresa municipal: «É para tapar o sol com a peneira. Não preciso que me ensinem a governar a Câmara da Guarda. A nossa estratégia era que a empresa começasse a funcionar», respondeu Sérgio Costa, para quem esta proposta da oposição «é brincar às sugestões».

Do lado do PSD, o vereador Victor Amaral ficou satisfeito com a informação da vice-presidente, Amélia Fernandes, sobre o Teatro Municipal da Guarda estar abrangido pela medida Redes Culturais e Transição Digital, do PRR, que garante 150 mil euros a fundo perdido para a aquisição de um equipamento de projeção digital de cinema. O social-democrata já tinha questionado a maioria sobre este assunto em diversas ocasiões. Na segunda-feira, o executivo a aprovou a abertura de um novo procedimento para a requalificação da estrada da Pocariça, com um valor mais elevado, da ordem dos 1,1 milhões de euros. Sérgio Costa deu também conhecimento que foi publicada na sexta-feira, em “Diário da República” a Declaração de Utilidade Pública com caráter urgente para expropriação dos terrenos necessários à execução da empreitada da Rede Viária de Regeneração e Mobilidade Urbana do Vale do Cabroeiro. Este formalismo permite acelerar a disponibilização das parcelas em causa e também evitar entraves administrativos ou judiciais ao início dos trabalhos. «Já se perdeu demasiado tempo com o chumbo da oposição ao empréstimo que queríamos contrair para esta obra», disse o autarca independente, que se escusou a comentar o preço de 3 euros por metro quadrado que está a ser proposto aos proprietários que não chegaram a acordo com o município.

Na segunda-feira, Sérgio Costa também anunciou que «começam finalmente a andar os projetos das variantes da Sequeira e dos Galegos», no âmbito de um novo plano de supressão de passagens de nível a levar a cabo pela Infraestruturas de Portugal. O executivo guardense aprovou ainda, por unanimidade, um voto de pesar pelo falecimento da antiga vereadora socialista Ana Cristina Correia, que morreu no passado dia 20, tendo também sido observado um minuto de silêncio.

 

Luis Martins

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Sofia Pereira

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