O presidente da Câmara do Fundão propôs este domingo a criação de uma unidade no seio da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) para reavaliar o mapa dos territórios de baixa densidade, criado há 10 anos.
«Passou uma década e era fundamental fazer uma atualização desse trabalho, tendo em vista os 14 múltiplos critérios que na altura estiveram na base para criar o índice numérico da classificação dos municípios de baixa densidade», disse Paulo Fernandes, após apresentar a proposta no XXV Congresso da ANMP, que termina hoje em Aveiro.
Segundo o autarca, as assimetrias entre os territórios de baixa densidade e os municípios de maior dimensão aumentaram nos últimos anos, por não ser sido cumprido o objetivo do Portugal 2020, que previa reduzir em cerca de 20 por cento a assimetria entre os territórios do litoral e do interior.
«Não se agravou no sentido de que nos territórios de baixa densidade não tenha havido mais condições. O que acontece é que a velocidade dos outros territórios é maior», afirmou Paulo Fernandes, citando a famosa metáfora do gigante e do anão. «O gigante dá um passo e o anão dá vários passos, mas no final de cada dia a distância aumenta, porque o passo do gigante é maior», enfatizou.