Política

Agostinho Gonçalves diz que «é preciso reinventar» o PS na Guarda

Agostinho
Escrito por Efigénia Marques

Ainda sem responsáveis e culpas assumidas pelo descalabro eleitoral das últimas autárquicas, o silêncio impera no seio dos socialistas da Guarda.
A exceção é Agostinho Gonçalves, recém-eleito para a Comissão Política Nacional do partido, para quem «é preciso reinventar o Partido Socialista na Guarda» depois do pior resultado de sempre em autárquicas naquele que já foi um bastião “rosa”. O ex-líder da concelhia estranha que nenhum dirigente local ou distrital tenha vindo a terreiro explicar o que se passou e promover uma reflexão sobre o fiasco eleitoral. «A concelhia e a Federação já tiveram tempo de a promover, em conjunto com os militantes, porque a melhor forma de honrar o passado é olhar para o futuro», disse Agostinho Gonçalves a O INTERIOR e Rádio Altitude. Escusando-se a apontar o dedo a alguém, o dirigente considera que os resultados do dia 26 de setembro devem «ter consequências» nos órgãos distritais e concelhios.
«Para mim, a dimensão desta derrota não foi uma grande surpresa, desde logo pela forma como decorreu o processo de escolha do candidato», reconheceu, dizendo que aguarda por «explicações» pelo sucedido e também pelo debate interno que «se impõe». Com a entrada naquele órgão nacional do PS, Agostinho Gonçalves passa a ter assento, por inerência, na Comissão Política Distrital e também na Comissão Política Concelhia da Guarda.

PSD quer expulsar militantes que integraram outras listas autárquicas

O PSD prepara-se para expulsar os militantes e dirigentes que integraram a candidatura de Sérgio Costa à Câmara da Guarda no movimento “Pela Guarda”.
O assunto ainda não é oficial, mas já deu origem a uma carta endereçada ao presidente do Conselho de Jurisdição com nomes de sociais-democratas que apoiaram o ex-líder da concelhia, mas também de outros militantes que surgiram em listas adversárias do PSD nas últimas autárquicas, o que é motivo quanto baste para a violação dos estatutos do partido. No entanto, está também a surgir outra corrente interna para “trabalhar” já no regresso de Sérgio Costa ao PSD, ironicamente – ou talvez não – classificado como “PSD 2” num artigo de opinião de Carlos Peixoto publicado na semana passada n’O INTERIOR. Esta expressão foi entendida como sendo uma porta aberta para o eventual regresso do agora “filho pródigo” que “roubou” a Câmara da Guarda aos sociais-democratas.
Entretanto, o PSD prepara-se para regressar à oposição na autarquia da sede do distrito e para «a luta» que se avizinha com o novo presidente do município. Ao que O INTERIOR apurou, perspetivam-se mudanças na equipa de Chaves Monteiro. Isto porque Lucília Pina Monteiro, número dois da lista, já terá manifestado a intenção de não cumprir o mandato, enquanto Isabel Reis Pereira, a número quatro, invocou motivos profissionais para não assumir a vereação caso seja necessário. Assim. Se Lucília Monteiro sair caberá então a Rui Correia assumir funções.

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Efigénia Marques

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