Viver no momento certo

“O interessante de estar em modo de observação, ou seja, estarmos atentos e descontraídos, sem criticas nem julgamentos, é darmo-nos conta de como isso nos faz sentir.”

Conforme já vos disse, os últimos 3 meses desta temporada são dedicados à sustentação do nosso voo, como nos podemos manter a planar, com os pés bem assentes na terra.

Para os que me lêem pela primeira vez, quando falo em planar falo em viver a vida com intensidade, e cada um tem a sua.

Então, a primeira coisa a fazer é ver a big picture. É essencial ganhar perspetiva sobre a realidade, de maneira a conectarmo-nos com o momento presente, como observadores atentos do que se passa dentro e fora de nós.

Imaginem o seguinte cenário: eu estou numa esplanada e observo pessoas idosas a beber café sozinhas.

Eu posso olhar para estes idosos, valorizando a sua autonomia ou posso olhar para eles, como pessoas que foram abandonadas pela sua família.

As duas perspetivas são válidas, só que uma faz-me sentir bem, a outra não.

Já abordei este assunto, quando falei das crenças e dos óculos da realidade.

O interessante de estar em modo de observação, ou seja, estarmos atentos e descontraídos, sem criticas nem julgamentos, é darmo-nos conta de como isso nos faz sentir.

Eu durante muito tempo acreditei que o melhor da vida ainda estava para vir.

E dizia esta frase vezes sem conta. Mais tarde, percebi que inconscientemente, eu estava a adiar a melhor parte para o futuro. Eu estava a dizer a mim mesma, que bom bom vai ser um dia mais tarde, agora não.

Outras pessoas fazem o contrário. Passam a vida ligadas ao passado.

Antes é que era bom, agora não.

Quem vive no passado ou no futuro, não aprecia o momento presente, a sua cabeça não está cá.

Se por acaso tens tendência para ficares mais no passado ou ires mais para futuro, experimenta mudar o ship para o agora, vais sentir a segurança de quem vive com os pés bem assentes na terra, onde as coisas boas acontecem mais vezes do que pensamos.

O nosso comportamento está ligado aos sentimentos que a nossa cabeça elabora, fazemos muitos filmes, mas o melhor de todos é o filme em que estamos presentes, de corpo e alma, é aqui que a intensidade se manifesta.

Fluir com a realidade, é aceitar em pleno o que está a acontecer agora, no lugar onde estamos.

Deixar no passado o que é do passado e deixar o futuro para a altura certa, é saborear o tanto que temos agora.

Para quem quiser explorar este tema, sugiro o livro do Eckhart Tole, o poder do Agora.

Olha, e tu? Como vives o teu agora?

Sobre o autor

Catarina Flor de Lima

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