A Feira de São Bartolomeu, instituída por D. Afonso III a 8 de agosto de 1273 por carta de feira, com carácter anual e a duração de 15 dias, a começar uma semana antes da festa de S. Bartolomeu, é o mais notável evento de origem medieval da região.
Que se saiba, esta é a primeira vez, em 747 anos, que a Feira de S. Bartolomeu não se realiza.
O ano do Covid-19 não permite festas, nem feiras.
E Trancoso sofrerá a todos os níveis pela suspensão do mais relevante evento anual da cidade e da região.
Até ao último momento, os comerciantes e a autarquia mantiveram a esperança de que a pandemia não impedisse que o mês das férias, dos emigrantes e da vida intensa regressasse à vila medieval. Mas não foi possível.
Apesar das contingências, e para contrariar a crise resultante do novo coronavírus, Trancoso vai ter dois fins de semana de feira. Dias 7, 8 e 9 e 14, 15 e 16 não serão dias da grande Feira de S. Bartolomeu, mas serão três dias de mercado nos próximos dois fins de semana.
A opção, é uma excelente forma de contribuir para a dinamização económica e social da cidade. Não permitirá repetir a festa que todos os anos atrai milhares de pessoas, mas será uma forma de contribuir para a animação de um verão especialmente quente e afirmar Trancoso como a única localidade onde este verão vai haver alguma forma de festa de massas.
O palco de encontro de recordações e memórias, de famílias e compras será, como todos os anos, em Trancoso.