Em tempos idos, de escassos recursos e de dificuldades incontáveis, os “Velhos” eram respeitados e ouvidos. E agora?
Exige-se-lhes que não envelheçam e prolonga-se-lhes a idade ativa, como se o tempo não fosse uma determinante da vida e da existência humana. Os dilemas torturam o dia-a-dia e a ansiedade domina, “aguento ou não aguento”, “saio ou fico”, “consigo ou não viver com uma reforma cuja penalização é em muitos casos de 40%”…
Os políticos afirmam na praça pública que estão a tentar encontrar soluções, mencionam-nas, porém aqueles que pertencem à máquina do sistema, OPERAM EM SENTIDO CONTRÁRIO. Atribuem-lhes funções como se nada se passasse, não ouvem, não sentem, é preciso é seguir em frente, há “pedras” que só atropelam.
Bem, para ficar mais claro, sugerem que metam atestados médicos que encobrem verdades marcantes. Sim, há um preço a pagar, receber bastante menos salário e ficar rotulado de “incapaz”, quando existem muitas funções que eles poderiam desempenhar de forma digna e muito competente.
Não pode ficar por mencionar outro parâmetro ainda não referido, é que há muitos professores em início e meio da carreira, em situação de mobilidade, que se acumulam nas cidades do interior, nomeadamente na cidade da Guarda.
Então, cabe-me concluir, questionando:
Em que sistema político vivemos? Que princípios morais o sustentam? Onde cabe a dignidade dos “Velhos”?
O castelo da Democracia desmorona-se e não vale a pena andarmos a chamar aos “Velhos” os “Maiores”.
Um docente do 1º CEB que se viu obrigado a apresentar atestado médico