A semana passada falei sobre as necessidades que vamos resolvendo para sermos felizes, e hoje, é sobre as crenças ou certezas absolutas que formamos sobre nós, sobre os outros e sobre a vida em geral, o que influencia a maneira como se lida com o dia-a-dia.
Imaginem que podemos escolher uns óculos que potenciam o nosso sucesso ou o nosso fracasso. A ideia é questionarmos as nossas crenças, alimentar as que nos fazem evoluir e largar as que nos diminuem e deitam abaixo.
Eu acredito que todos nós fomos feitos para voar, porque, se há pessoas que conseguem, nós também conseguimos!
Isso é uma crença que incentiva a concretização do nosso potencial, abre-nos possibilidades.
Agora suponhamos que se acredita nisto: Os homens são todos iguais, ou, as Mulheres são todas iguais, tanto dá.
Isto é uma crença limitadora: as pessoas baseiam-se em experiências que não foram bem sucedidas e generalizam, ao ponto de passar a acreditar nisso como uma regra para o futuro, então, quando as coisas correm mal, não questionam a sua escolha nem se põem em causa. Esta ideia é quebrada quando se assume a responsabilidade pelas nossas escolhas, até lá a história vai-se repetir.
Mais exemplos de crenças que envenenam o nosso espírito:
Se eu pensar em mim como uma inútil para a sociedade, é o mesmo do que usar os óculos do fracasso. Isso limita-me, na medida em que eu interpreto a vida a partir deste ponto de vista, fico presa a estes pensamentos e tudo vai ser um reflexo deste mal-estar, ou seja, aquilo em que se acredita torna-se no nosso destino.
O mesmo se aplica à maneira como pensamos nos outros. Se tivermos o hábito de ver os outros como hipócritas, frustrados ou egoístas, vamos estar sempre a ver pessoas deste tipo, e mais triste ainda, nem damos hipótese para que elas sejam diferentes.
As nossas crenças estão tão enraizadas que até passam despercebidas. Umas aprendemos com os nossos país, outras com a nossa cultura, religião ou trabalho, em todo o caso podemos aceitá-las ou rejeitá-las.
Por exemplo, em relação ao dinheiro. Podemos vê-lo como fonte de escassez ou de abundância. Eu posso acreditar que nasci pobre e que vou morrer pobre, ou, posso acreditar que através do trabalho tudo se consegue.
A mesma coisa pode ser vista como algo que nos incentiva ou como algo que nos desmoraliza, é tudo uma questão de usarmos os óculos que sejam mais favoráveis à concretização do melhor para cada um de nós.
Se achas que vale a pena aprofundar estas ideias, recomendo o livro do Coach Michael Neill, Chega aonde quiseres.
Olha, e tu? Com que óculos vês a tua realidade?