Eu sou um fã de banda desenhada e consequentemente gosto de pintura e de desenho e arquitetura – dirão os puristas que deve ser ao contrário, mas a verdade é que fascino daqueles trabalhos extraordinários que são os livros de banda desenhada franceses. Não gosto tanto da Manga nem dos americanos. Na Bélgica, em França e até em Portugal surgem trabalhos incríveis que dá gosto folhear. Por vezes surgem filmes que nos projetam a essa dimensão perversa da beleza imaginada. O cinema tem agora o segundo episódio de “Avatar”, como há poucos anos tivemos o Valerian, e antes Arthur, e também os Batman e os Homem-Aranha. No meu gosto entra melhor a construção absolutamente criativa, imaginativa e prefiro-a à ideia humanizadora, como cinema de atores que chega da Marvel. A Murumbi era a empresa brasileira que publicava para nós o Patinhas, o Zé Carioca, o Pato Donald.
Com o “Avatar” a três dimensões estamos no deleite da pintura, na elevação dos bonecos ao patamar mais alto das formas convertíveis em quadros. Cada vinheta da BD pode ser agora emoldurada como uma “frame”/imagem destes filmes. Aquelas visões das ilhas suspensas, o passeio pelo mar, a noção da interligação das estruturas naturais. Há ali um conceito de Gaia/Eywa como o corpo vivo que se agrega de tudo e todos e acrescenta o que se pensa, sonha e cria. James Cameron quer demonstrar-nos a ideia ecológica pela via do cinema – um filme que educa para um conceito e por isso devora inúmeros minutos de devoção à força de Eywa até que nós próprios estamos com os matadores de humanos. O pecado que merece a morte! Homem Ganância, homem predador, homem destruidor da natureza. Não há só beleza a rodos, há uma mensagem subliminar.
Os cartoons
“Eu sou um fã de banda desenhada e consequentemente gosto de pintura e de desenho e arquitetura – dirão os puristas que deve ser ao contrário, mas a verdade é que fascino daqueles trabalhos extraordinários que são os livros de banda desenhada franceses. “