Monotrématos, perissodáctilos, proboscídeos, desdentados e filhos de putin

Escrito por Albino Bárbara

“Estes proboscídeos revelam-se malformados, invejosos, são portadores de sonhos frustrados, cobiçando apenas a felicidade alheia, destruindo quem efetivamente quer ser feliz.”

Que me desculpe Alberto Pimenta pelo eventual plágio, mas o pequeno filho de putin é sempre um pequeno filho de putin e, não há filho de putin, por mais pequeno que seja, que não tenha a sua própria grandeza. Já o grande filho de putin, por mais pequeno que seja, vai ser sempre um grande filho da puta que no alto da sua nuvem imperial, tenta impor a sua vontade, os seus “valores” de grande filho de putin a todos os pequenos, pouco se importando com a crítica, com a destruição, com a guerra, estendendo tudo isso à grande maioria, que não são filhos de putin nem tão pouco da tal dita senhora.
Dizem os entendidos que as ambições calculadas nunca são acidentais nem tão pouco hipócritas, sendo considerados processos culturais e resultam de uma maneira muito própria e enviesada de ver o mundo. É verdade que a inocência não faz parte deste vocabulário, pois alguns destes bichos, tão bem descritos por Orwell, refastelados no alto da sua nuvem imperial, exibem a sua constante e absurda propaganda onde são empregues megalómanas e lucrativas figuras de estilo, onde as palavras Liberdade e Paz, segundo Drummond de Andrade, «são defendidas em discursos e atacadas com metralhadoras».
Estes proboscídeos revelam-se malformados, invejosos, são portadores de sonhos frustrados, cobiçando apenas a felicidade alheia, destruindo quem efetivamente quer ser feliz.
Neste devaneio colbertista, onde o interesse é a única arma visível, trazem consigo pensamentos fingidos de onde se conclui que todas as mentiras e falsificações tornam-se relativamente verdadeiras e infelizmente concretizáveis.
Depois damos conta de uns quantos monotrématos e outros tantos perissodáctilos que, de livro de merceeiro aberto, do deve e haver, de lápis atrás da orelha e prontinho para escrever, esperam ansiosamente para ver em que param as modas e como tudo isto lhes poderá encher os bolsos, nesse processo continuado de autêntico mercado negro. Eles querem lá saber do direito, da coerência, da moral ou da ética.
Nesta luta constante, nesta tentativa diária para que o mundo seja mais livre e mais justo, não devemos julgar quem pensa diferente, se calhar banir a arrogância pois, quer se goste quer não, não somos donos da razão e também, se calhar, devemos ter humildade, quando é necessário, pedir perdão, excluindo, desde já, aquele sentimento doentio da inveja, assumindo sempre as nossas escolhas respeitando naturalmente as escolhas alheias.
Este é indiscutivelmente o grito de revolta, que afinal é de todos nós, e o apelo vai diretamente para os mais novos, para a nova geração. Fernando Savater, in “Ética para um jovem”, dirige-se ao filho motivando-o para refletir sobre a vida, sobre moral, sobre a ética.
A mensagem da crónica de hoje só pode ser esta. A esperança sincera que esta e as próximas gerações tenham tudo isto em conta para que nunca mais ninguém nos considere filhas e filhos de putin e, toda essa corja de malucos, leia-se megalómanos, mercantilistas e filhos da puta, desapareçam, depressa e de uma vez por todas, da face da terra.

Sobre o autor

Albino Bárbara

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