Foi numa loja, eu sempre cheia de dúvidas e dei com um sorriso que acenava com a cabeça. No fundo ajudou-me a escolher a roupa com sorrisos e movimentos afirmativos. Acabámos por levar os sacos e fomos até uma pastelaria onde conversámos, de tudo um pouco. Ele era muito simpático e charmoso, oferecia bebidas e os bolos. Era para ser uma conversa de ocasião e ficámos duas horas. Depois trocámos os números de telefone, falámos algumas vezes e, por fim, ele estava à minha porta e eu deixava-o entrar. Realmente, contou-me a Matilde, logo da primeira vez entrou por todo o lado, envolvi-o de carinhos que posso afirmar que estavam em armazém.
Eram muitos anos sem sentir um homem e por isso entreguei-me, imolei-me, dei-me. Foi nessa loja e nunca dera por ele antes.
