Eleições de novo

Escrito por Diogo Cabrita

“As mudanças formam ventos e abrem trovoadas, elaborando correntes que transformam equilíbrios de antes. Uma pessoa nova, que se instala numa família velha. Um diretor novo, num jornal antigo. Desequilíbrios perversos que podem correr bem, mas podem finalizar a paz.”

Onde, quem, quando, como e porquê, se procura no crime. São cinco perguntas importantes à procura do drama e do acontecimento.
Colocadas sobre o interesse do amor são fascinantes também. Porque se gosta de alguém? Porquê aquela pessoa. Como surge? Quando desperta? Onde irrompe a certeza? Aquela pessoa e não outra.
As descontinuidades são momentos bons, ou maus, que acometem um dia e mudam um destino. O crime, a paixão, a subida de posto, assumir um lugar novo, um outro emprego. Tudo isto são gestos destino. Havia um ontem e agora há outro mundo. A forma como se realiza e integra a mudança, ou a descontinuidade, constrói o futuro inteiro. Ser vítima, ou ser agressor, faz diferença substancial. Ser amado e amar é uma soma ideal, mas não é uma conjugação obrigatória. Mandar e obedecer são uma harmonia, quando calha.
As mudanças formam ventos e abrem trovoadas, elaborando correntes que transformam equilíbrios de antes. Uma pessoa nova, que se instala numa família velha. Um diretor novo, num jornal antigo. Desequilíbrios perversos que podem correr bem, mas podem finalizar a paz.
Um tipo muito cerebral ponderaria a logística da transformação, planearia o momento e os protagonistas, mas nada disso é a vida e a sua disrupção. As coisas existem, acontecem, chocam-se e enobrecem ou corrompem. Há muitos patamares entre os dois onde se pode estabilizar. As opções europeias dos partidos, em 2024, são transformadoras e podem causar resultados surpresa. Depois perceberemos as cinco questões.

Sobre o autor

Diogo Cabrita

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