As pessoas para serem felizes vão resolvendo as suas necessidades a vários níveis.
A necessidade mais básica de todas, tem a ver com a sobrevivência. Cada um de nós precisa de um teto, de alimentação e de roupa para vestir.
Depois passamos para o nível seguinte. Segurança, onde se inclui o acesso a cuidados de saúde e educação.
Cada um de nós precisa de se sentir seguro. Há pessoas, que para se sentirem seguras, têm que ter um salário fixo ao final do mês, outros, têm um perfil mais aventureiro e criam os seus próprios trabalhos.
Depois temos necessidades sociais. Precisamos de nos sentir amados e integrados na sociedade.
Cada um tem a sua forma de alimentar os seus relacionamentos. Uns apostam no seu estatuto social, outros, vivem os afetos e manifestam consideração pelas pessoas em geral.
Satisfeitas estas necessidades essenciais, passamos para o patamar das necessidades de crescimento e realização.
O ser humano precisa de se sentir reconhecido e respeitado, temos necessidades de autoestima.
Umas pessoas para satisfazerem esta necessidade, apostam na parte material, e outros, investem mais no seu aperfeiçoamento e no respeito pelos outros.
Para finalizar, a cereja em cima do bolo!
As pessoas precisam de se sentir realizadas ao nível pessoal e profissional. Aqui entra tudo o que nos enche a alma. Ter experiências novas, superar desafios, dar o nosso contributo à comunidade. Enfim, viver com audácia e entrega.
Isto tudo para dizer o quê?
As necessidades são iguais para todos, mas a forma como cada um as resolve é que conta.
Muitas vezes, a necessidade de segurança, faz-nos amealhar mais do que alguma vez iremos precisar. As relações sociais são tão superficiais ou interceiras, que nos fazem sentir sós. O amor e a conexão com os outros não acontece, porque estamos desconectados de nós próprios.
Uma coisa é satisfazer as necessidades segundo a pressão da sociedade, outra coisa é resolvê-las de acordo com o nosso eu mais íntimo, o que alegra o nosso coração.
Em modo de consumo, falar em crescimento ou realização não faz sentido.
Ou seja, ouvir o que diz o nosso verdadeiro eu, simplifica a nossa vida, porque o sentimento de segurança, o amor, os amigos a sério, o respeito e a realização, não se compram, alimentam-se no dia-a-dia.
Se quiseres rir e relativizar tudo isto, recomendo uma comédia disponível na Netflix, Uma família perfeita. É uma boa caricatura dos extremos que falei.
Olha e tu? Sabes o que precisas de resolver para ser feliz?