O povo precisa de um abanão. Ou de um bananão. Mas não pode ser do anão. Ah, não? Não se pode dizer anão? A Ana, que se abana na cabana, não disse “anão”, ela disse “a Ana não, safa, não dei o safanão”.
Costaline não quer ser autoritário e pede a todos para obedecerem voluntariamente. Estaline também não obrigava ninguém a aplaudir nos congressos. Os camaradas batiam palmas da mesma forma que nós usamos máscaras. A contragosto, mas se vimos alguém sem ela, fazemos logo queixa ao Politbento (o Politburo de S. Bento). Como cantava Adriano Correia de Oliveira, “S. Bento cala a desgraça, S. Bento nada me diz”.
Recriando Nélson Rodrigues, nem todos os povos gostam de apanhar. Só os que escolhem socialistas para governar. Na Nova Zelândia, as ovelhas deram maioria absoluta à primeira-ministra que acabou com duas pragas de uma só vez: a Covid e a liberdade.
Em Portugal, já não vai haver app obrigatória, mas usar uma máscara ao ar livre, isso o nosso povo já não dispensa. Manter a cara tapada durante todo o dia com um pedaço de tecido encharcado pela chuva e enregelado pelo frio será com certeza a peça indispensável que faltava para manter os portugueses saudáveis como um pêro. E se não for um pêro, será ao banano.
O autor escreve de acordo com a antiga ortografia