Especial Vinhos Região

A qualidade dos nossos vinhos está a subir imenso»

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Escrito por Efigénia Marques

Rodolfo Queirós, presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior

A Beira Interior recomenda-se no que aos vinhos diz respeito. Após o 16º Concurso de Vinhos, Rodolfo Queirós não tem dúvidas que a região está «no bom caminho» no competitivo mercado vinícola.
«A conjuntura não é propriamente a mais fácil, mas acabámos o ano a crescer mais de 43 por cento – uma em cada cinco garrafas de vinho exportadas já é da Beira Interior. Em 2023 não estamos a crescer como estávamos, mas já são mais cinco por cento relativamente ao ano anterior, o que é fantástico», realça o presidente da Comissão Vitivinícola Regional (CVRBI), que abrange 20 municípios dos distritos da Guarda e Castelo Branco. Na sua opinião, o concurso é, a par da presença em feiras internacionais, uma ferramenta essencial para afirmar os vinhos da Beira Interior, «É um importante instrumento de marketing para promover os néctares que foram premiados e depois serve também para projetar, no seu global, a imagem da região», especifica o responsável.
Rodolfo Queirós destaca ainda o facto da gala de entrega de prémios ter decorrido em Marialva, uma das 12 Aldeias Históricas, onze das quais estão na Beira Interior: «Temos um projeto de enoturismo, de promoção territorial, e faz parte dessa estratégia promovermos o nosso território e mostrá-lo. Muitas das 250 pessoas que estiveram na gala não conheciam Marialva e vão de certeza voltar e ajudar a economia da região a crescer, e isso é que o mais importante», considera. O presidente da CVRBI elogia também os produtores associados pelo seu contributo na melhoria do vinho e destaca a presença de grandes empresas de âmbito nacional, o que diz ser «sinal de que também elas acreditam no potencial» da região. «A qualidade está a subir imenso. Tivemos um rácio de medalhas de mais de 50 por cento, obviamente que o nosso regulamento, tal como os internacionais, só permite 30 por cento das medalhas, senão 50 por cento dos vinhos a concurso teriam tido medalhas e muitos deles, fracamente, bem o mereciam», assume, confidenciando que «achava que algumas pratas eram ouros seguros».
Contudo, as classificações do júri, «de primeiríssima água, presidido por Aníbal Coutinho e com 15 enólogos com muita experiência», não merecem contestação. «Estamos contentes com os resultados. Quanto ao futuro, Rodolfo Queirós admite introduzir algumas mudanças, como escolher o melhor branco e o melhor tinto, ou promover as castas Síria e Rufete. «Não há nada em concreto, são coisas que vamos pensando porque é sempre importante não parar e criar dinâmica neste tipo de eventos. O essencial é promover a Beira Interior como um todo», sublinha. A gala do 17º Concurso de Vinhos da Beira Interior vai ter lugar na Sertã, onde há dois produtores associados e a CVRBI foi desafiada pelo autarca local a realizar o evento naquela vila do distrito de Castelo Branco. «E vamos à Sertã com todo o gosto e temos a certeza que faremos uma gala ao nível desta ou ainda melhor», augura Rodolfo Queirós.

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Efigénia Marques

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