P – O Beira Interior – Vinhos & Sabores está de regresso a Pinhel. O que destaca nesta sexta edição?
R – Finalmente, o Beira Interior – Vinhos & Sabores está de regresso a Pinhel, o que, para nós, marca também o regresso dos grandes eventos que, por força das circunstâncias, tivemos de suspender e adiar. Sendo assim, as nossas expetativas para este regresso são bastante altas, tendo em conta que sentimos que todos estão ansiosos por regressar à normalidade e ao quotidiano que tanta falta nos faz. E quando digo todos não me refiro só ao público, que está naturalmente desejoso de poder desfrutar deste certame de características tão próprias e singulares, mas refiro-me também aos produtores de vinho e de outros produtos locais e regionais cuja divulgação e promoção passa também por eventos deste género. No que diz respeito a esta sexta edição do Beira Interior – Vinhos & Sabores, pode dizer-se que é de facto uma edição especial e recheada de atrativos. Para além do salão de vinhos e sabores, há toda uma panóplia de atividades complementares, como sejam as provas de vinho comentadas, um seminário sobre Enogastronomia e vários momentos de animação musical, entre outros. Mas a grande novidade é a realização do “País das Maravilhas”, iniciativa com a chancela das “7 Maravilhas de Portugal” que vai ter lugar num dos pavilhões do Centro Logístico e onde será possível, ao longo de todo o fim de semana, degustar os pratos vencedores das sete categorias do concurso “7 Maravilhas da Nova Gastronomia”, realizado no Verão de 2021. Esta é a grande novidade e estamos confiantes de que vai ser mais um motivo de atração de público a este evento que, no dia 20 de novembro, sábado, terá honras televisivas através da realização do programa “Aqui Portugal”, emitido pela RTP em direto de Pinhel.
P – É um evento já consolidado na região. Pode dizer-se que é a grande feira do vinho da Beira Interior?
R – O Beira Interior – Vinhos & Sabores afirmou-se logo na edição de estreia. A partir daí, o certame tem crescido de ano para ano, não tanto em termos de área ou do número de produtores presentes, mas sobretudo em termos de atratividade. Aliás, a prova disso é a associação de outros eventos a este fim de semana dedicado aos vinhos. A título de exemplo, posso referir a cerimónia de entrega de prémios do concurso “Vinduero-Vindouro”, o maior concurso de vinhos da Península Ibérica, mas também o Raid TT Vinhos da Beira Interior promovido pelo Clube Escape Livre e, este ano pela primeira vez, o Encontro Nacional das Confrarias Báquicas e Gastronómicas, organizado pela Federação das Confrarias Báquicas de Portugal. Mas voltando ao foco da pergunta, sim, esta é de facto a maior feira de vinhos da Beira Interior na medida em que foi o M unicípio de Pinhel que identificou esta lacuna e criou este certame que, em primeira e última análise, pretende contribuir para a afirmação e promoção dos vinhos da Beira Interior. A qualidade dos vinhos desta região é inegável, mas sabemos que ainda há um longo caminho a percorrer para a sua afirmação no mercado nacional e internacional e para que possam sentir-se em pé de igualdade com outras regiões. A este respeito importa também realçar o trabalho que tem sido levado a cabo pela Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior, nossa parceira na organização deste evento.
P – Este ano realiza-se também, em simultâneo, a iniciativa “País das Maravilhas”. Considera ser o complemente ideal para trazer mais gente a Pinhel no fim de semana de 19 a 21 de novembro?
R – Sim. Tal como já disse, esta aposta vai no sentido de atrair novos públicos. Sabemos que os eventos gastronómicos são cada vez mais apreciados e procurados. Ter em Pinhel a possibilidade de provar pratos que foram vencedores de um concurso como as “7 Maravilhas da Nova Gastronomia” é uma oportunidade única. Única e para todos os gostos, até porque estamos a falar em sete categorias que vão das carnes aos peixes e mariscos, passando pelos petiscos e pela cozinha molecular, pelas opções vegetarianas e veganas, sem esquecer a doçaria.
P – Como surgiu esta ideia e como entra Pinhel nesta iniciativa das “7 Maravilhas de Portugal”?
R – A ideia surgiu de uma forma muito simples, numa conversa que tivemos oportunidade de ter, em Pinhel, com o responsável pelo projeto das “7 Maravilhas de Portugal”, Luís Segadães. Sendo Pinhel Cidade do Vinho 2020-2022, surgiu a ideia de acompanhar os pratos a concurso com vinhos de todas as regiões de Portugal. Assim, ainda antes do concurso das “7 Maravilhas da Nova Gastronomia”, realizou-se em Pinhel um concurso que levou à escolha dos vinhos que iriam acompanhar os 140 pratos inicialmente a concurso. Foi assim que os caminhos do município de Pinhel e das “7 Maravilhas” se cruzaram e foi assim que surgiu a ideia de dar ao público a oportunidade de conhecer pratos que, na sua grande maioria, foram criados propositadamente para este concurso.
P – Pinhel vai continuar “Cidade do Vinho” no próximo ano. Como tem capitalizado esse estatuto?
R – Pinhel vai continuar a defender o título de Cidade do Vinho até 2022. A pandemia veio trocar-nos as voltas, a nós e ao mundo, e a verdade é que em 2020 poucas atividades tivemos oportunidade de fazer. 2021 também ainda decorreu com muitas limitações e, como tal, ainda temos muitas iniciativas a concretizar no âmbito do programa que delineámos para o nosso “mandato” que passou de um para três anos. A verdade é que, independentemente do título de Cidade do Vinho, o Município de Pinhel está e continuará a estar na linha da frente da defesa deste sector que é tão importante para as gentes de Pinhel, mas também para as gentes da Beira Interior.