Desporto

Rali Dakar: Mário Patrão foi 32º numa edição «difícil e perigosa»

Escrito por Jornal O Interior

Mário Patrão (KTM) terminou o Rali Dakar na 32ª posição da geral, ganha pelo norte-americano Ricky Brabec (Honda).
Na sexta-feira, na 12ª e última etapa da prova rainha do todo-o-terreno mundial que decorreu pela primeira vez na Arábia Saudita, o piloto de Seia foi 29º classificado, a 16m22s do vencedor, o chileno José Ignacio Florimo (Honda). Mário Patrão foi o segundo melhor português na competição, atrás de António Maio (Yamaha), que foi 27º da geral. A edição deste ano ficou marcada pela morte do português Paulo Gonçalves (Hero) e na penúltima etapa outro acidente grave obrigou à hospitalização do holandês Edwin Straver (KTM). O motard foi prontamente ajudado pelo senense, o primeiro a parar junto do acidentado e a pedir ajuda. «Ao quilómetro 120, enquanto estava a tentar encontrar um “waypoint” [ponto de passagem obrigatória], vi um piloto caído, chamei de imediato a equipa médica e estive a prestar auxílio até à sua chegada. Senti a pulsação no pescoço dele assim que me aproximei, mas, de repente, deixei de sentir», contou o piloto de Paranhos da Beira no final da etapa.
Soube-se depois que Edwin Straver, de 48 anos, esteve em paragem cardíaca durante dez minutos, antes de ser reanimado pelos médicos da prova, que entretanto chegaram ao local. «Foram os dez minutos mais longos da minha vida», confessou Mário Patrão, que só saiu «quando o entubaram e o levaram». No balanço desta participação, o piloto da KTM admitiu que foi «um ano difícil, mas consegui terminar, que era o principal objetivo. Foi um Dakar num novo país, num novo continente e com muitas diferenças». Na sua opinião, esta edição foi «muito mais rápida, com menos navegação e mais perigosa. O descontentamento é geral e a organização terá muito trabalho para o próximo ano». No final de mais esta aventura, Mário Patrão agradeceu aos seus patrocinadores, dizendo que sem eles «estar aqui não seria possível».

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