O Sp. Covilhã não vai fazer estágio de pré-época devido à falta de dinheiro. «Resta-nos poupar e não gastar aquilo que não temos. A partir de agora, vamos ter de poupar em algumas coisas», anunciou José Mendes no final da semana passada, após saber que na próxima época, a 15ª consecutiva na IIª Liga, a verba proveniente dos direitos televisivos será menor, o que terá impacto no orçamento.
Por isso, ao contrário dos últimos anos, o plantel vai trabalhar na Covilhã e não nas Penhas da Saúde. A equipa regressa ao trabalho a 1 de julho, mas o técnico Leonel Pontes ainda não vai contar com todos os atletas. Até ao momento foi anunciada a continuidade no emblema serrano dos guarda-redes Igor Araújo e Bruno Bolas, dos defesas Tiago Moreira e Jaime Simões, do médio Gilberto Silva e dos avançados Fabrice Tamba e Kukula. Para a próxima época o orçamento é de cerca de 750 mil euros, menos 150 mil que na anterior devido à redução de 15 por cento das receitas televisivas. «Tenho a certeza que é o orçamento mais baixo da IIª Liga», disse José Mendes, sublinhando que o clube não tem dívidas e sempre pagou os vencimentos antes do final de cada mês.
Já «a ambição» para este ano é chegar «o mais longe possível», numa época em que os sócios vão ter entrada livre nos jogos no Santos Pinto. «No ano do centenário, queremos ter mais sócios, mas a nossa intenção é trazer mais gente ao estádio, que tem o conforto e todas as condições para as pessoas virem em família e fazerem dos jogos uma grande festa», justifica o dirigente.
A quota vai-se manter nos 2,5 euros mensais: «É um valor que toda a gente pode pagar. As pessoas devem fazer-se sócias porque estão a demonstrar apoio ao clube da sua terra, que representa uma região», apela José Mendes. O orçamento do clube vai a votos na assembleia-geral desta quarta-feira (21 horas), no auditório municipal da Covilhã.