Ainda não foi desta que a mítica marca de Fernando Mamede nos 10 mil metros (28m11s, de 1985) foi batida e Samuel Barata entrou para a história do atletismo nacional.
Duas semanas depois de o conseguir, o benfiquista com raízes familiares na Bouça (Cortes do Meio, Covilhã) ficou a saber que o registo de 27m45s obtido em Brasov (Roménia) não é válido como recorde nacional dos 10 quilómetros porque o percurso da prova tinha apenas 9.975 metros. Ou seja, faltavam 25 metros, um erro detetado na medição pós-corrida. Em declarações ao jornal “Record”, Samuel Barata disse ter ficado «triste» com a situação: «É difícil estar nesta forma e encontrar uma oportunidade competitiva para obter um resultado destes», afirmou, acrescentando que tendo em conta o ritmo médio que trazia e a distância em falta, o recorde nacional não lhe escaparia.
Segundo o diário desportivo, «em teoria», o atleta teria demorado 4 a 5 segundos a fazer a distância em falta, pelo que, feita a correção, a marca rondaria os 27m50s, menos 21 segundos que Fernando Mamede. «Não vou desanimar e vou continuar a trabalhar. Para a próxima semana há uma oportunidade na meia maratona», reagiu o atleta, que no domingo vai representar Portugal no Mundial de Estrada, em Riga (Letónia), onde tentará quebrar o máximo histórico nacional, de Luís Jesus (60m56s).