Mário Patrão (KTM) revalidou o título na categoria de veteranos no Rali Dakar, que terminou no domingo na Arábia Saudita, e foi terceiro na exigente classe Original by Motul, também conhecida por “Malle Moto”, reservada aos pilotos sem assistência.
É uma classificação histórica para o senense, que cumpriu a nona participação consecutiva na maior prova de todo-o-terreno do mundo, já que andou sempre entre os primeiros da sua categoria. No rescaldo da 45ª edição do Dakar, Mário Patrão conseguiu nove pódios na “Malle Moto”, entre os quais uma vitória na 11ª etapa – um feito inédito para o motard de Paranhos da Beira e seis segundos lugares. O pior resultado que obteve foi o sétimo lugar na 14ª e última tirada do rali, com 136 quilómetros cronometrados. Na geral, o piloto da KTM terminou no 34º lugar entre os 90 que chegaram ao fim.
«O percurso desta etapa final tinha muito barro e muita água, pois nos últimos dias houve imensa chuva. Havia uma zona onde estavam vários pilotos enterrados pela lama e eu fiquei também. A moto ficou cheia de lama a ponto de as rodas começarem a prender. Sabia que tinha de forçar com o motor para conseguir terminar e acabei por queimar a embraiagem. Depois tive de vir com muito cuidado, quando acelerava a moto patinava. Foi um desafio exigente e fisicamente desgastante. Foi lutar até ao último segundo para obter a vitória que tanto me esforcei por conseguir», relatou Mário Patrão nas redes sociais no final da etapa.
«Aquilo que supostamente era para ser uma etapa festa de consagração foi, afinal, uma carga de trabalhos, mas estou contente com a vitória alcançada e o pódio “malle moto”. Agradeço a todos os que me apoiaram e sobretudo aos patrocinadores que acreditaram em mim. Consegui que Portugal chegasse ao pódio», concluiu. Este ano, o argentino Kevin Benavides (KTM) foi o vencedor nas motos, à frente do australiano Toby Price (KTM) e do americano Skylar Howes (Husqvarna). Já nos carros, Nasser Al-Attiyah (Toyota) sagrou-se, pela quinta vez, vencedor do Rali Dakar.